A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar nos próximos dias uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe. A expectativa entre integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional é que o processo avance ainda em fevereiro.
Com a retomada dos trabalhos no Legislativo e no Judiciário, aproxima-se o momento decisivo para a investigação sobre os atos terroristas de 8 de janeiro e os ataques anteriores à data, considerados golpistas por ministros do STF.
Até agora, a apuração foi conduzida pela Polícia Federal (PF), mas, com a denúncia, caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, analisar e formalizar as acusações.
A PF indiciou 40 pessoas pelo crime, incluindo Bolsonaro e ex-ministros de seu governo. Entre os alvos estão generais como Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, que está preso; Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier.
Para evitar impactos no calendário eleitoral de 2026, ministros do STF defendem que o caso avance ainda em 2025. Existe a possibilidade de Gonet dividir as denúncias em grupos, acelerando o andamento do processo para que o Supremo possa julgá-las ainda este ano.
Caberá ao STF decidir se aceita as denúncias e transforma os investigados em réus. Caso isso ocorra, a Suprema Corte ainda precisará marcar o julgamento do mérito das acusações, que envolvem a suspeita de que Bolsonaro e membros de seu governo tenham tentado dar um golpe.
Fonte: Com informações de Diário do Centro do Mundo