
Ao abandonar o discurso moderado e buscar apoio da ultradireita bolsonarista para uma possível candidatura ao Planalto em 2026, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) pode acabar se tornando alvo justamente desse grupo, em razão da pesquisa Atlas divulgada nesta segunda-feira (8).
O levantamento, realizado entre 29 de agosto e 3 de setembro com 2.059 eleitores paulistas, mostra que o governador tem a reeleição praticamente garantida em São Paulo, mas registra queda nas intenções de voto para a Presidência. A baixa coincide com o avanço da articulação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) com o governo de Donald Trump, em um movimento que ataca a soberania brasileira em troca da anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Tarcísio mantém aprovação de 53% entre os eleitores paulistas, contra 42% de Lula , e lidera todos os cenários para o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.
No principal cenário da pesquisa, o ex-ministro de Bolsonaro aparece com 47,3% das intenções de voto. Em segundo lugar está Guilherme Boulos (PSOL), com 22,6%, seguido por Marcio França (PSB), com 18,2%. Depois vêm Felipe D’Ávila (Novo), com 1,8%, e Paulo Serra (PSDB), com 0,6%. Outros candidatos somam 6,5%, enquanto brancos e nulos representam 2,5% e indecisos, 0,5%.
Tarcísio lidera pesquisas em SP, mas enfrenta desgaste da imagem bolsonarista
Em cenários eleitorais para São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) aparece à frente com 48,6% a 53% das intenções de voto, dependendo do cenário, e venceria todos os possíveis segundos turnos contra Haddad, França e Alckmin.
Sem Tarcísio na disputa, Alckmin lidera com até 39,4%, enquanto outros nomes ligados à bolsonarismo, como Ricardo Salles e Ricardo Nunes, ficam atrás. Fernando Haddad também assume a dianteira em cenários sem Tarcísio, com 41% das intenções de voto.
A pesquisa mostra ainda o desgaste do clã Bolsonaro em São Paulo: Tarcísio mantém 59% de avaliação positiva, enquanto Jair Bolsonaro registra 60% de rejeição e Eduardo Bolsonaro lidera a rejeição com 50,2% dos eleitores dizendo que não votariam nele “de jeito nenhum”.
Fonte: Revista Fórum