
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia virou uma nova fonte de preocupação do governo Jair Bolsonaro em meio ao escândalo das investigações de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC).
De acordo com a coluna da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, a preocupação do Planalto decorre do fato da ministra ser a responsável pela análise do pedido do líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), para que a Corte Supremo investigue Jair Bolsonaro por tentar obstruir as investigações.
“Considerada linha dura por seus pares, com forte discurso anticorrupção e sensível à pressão da opinião pública, Cármen Lúcia foi a relatora do inquérito aberto para apurar denúncias de irregularidades na liberação de recursos do MEC e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (MEC), em março passado”, ressalta a reportagem.
“Agora, com a denúncia de interferência política na PF, Cármen Lúcia pode determinar que a investigação inclua o presidente da República, o que justificaria deixar o inquérito de volta no STF”, completa o texto.
O pedido do líder do PT para que Bolsonaro seja investigado foi feito na esteira da divulgação de um áudio em que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro conta para a filha que recebeu uma ligação do atual ocupante do Palácio do Planalto achando que ele seria alvo de “busca e apreensão”. A afirmação levantou a suspeita de que Bolsonaro tenha vazado informações sobre o inquérito e tentado interferir nas investigações.
Antes de decidir se irá acatar o pedido para que Bolsonaro seja investigado, a ministra deverá pedir uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o assunto.
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Fonte: Brasil 247