Morreu neste sábado (07), Florisa de Mello Tavares Silva, viúva do ex-governador do Piauí, Alberto Silva. Ela foi primeira-dama do Piauí por duas vezes: entre 1971 e 1975 e entre 1987 e 1991; ocasiões em que Alberto Silva governou o Piauí. Ela morreu em casa, em Parnaíba. Familiares informam que faleceu de causas naturais.
Muito enérgica e comprometida com as necessidades da população, no ano de 1948 quando Alberto Silva era prefeito de Parnaíba e a cidade sofreu uma grande enchente, dona Florisa atuou ativamente no socorro e amparo às famílias desabrigadas. Desde então a primeira-dama da época passou a desenvolver sólidos projetos sociais, sendo que uma de suas realizações foi a criação de lavanderias populares, tirando da margem do rio Igaraçu dezenas de lavadeiras, que labutavam ao ar livre, pegando sol e chuva.
Grande admiradora da cultura regional, a nobre primeira dama proporcionou forte incentivo ao folclore parnaibano. Após dois mandatos à frente da Prefeitura de Parnaíba, Alberto Silva foi nomeado superintendente da antiga Rede Ferroviária do Piauí e mais uma vez dona Florisa foi seu braço forte auxiliando os trabalhos do marido, dando uma especial atenção aos operários da rede na cidade de Parnaíba, com a criação de ambulatórios médicos em prol da saúde dos funcionários.
Em 1970, quando Alberto Silva foi eleito governador do Piauí, a primeira dama Florisa Silva, com seu espírito inovador e abnegado, criou a primeira Secretaria de Cultura do Estado do Piauí, com a abertura de uma escola de música e teatro. Nessa época Alberto Silva fundou a Universidade Federal do Piauí. A grande dama estendeu o seu programa de apoio às lavadeiras na capital Teresina, construindo lavanderias populares.
Tempos depois Alberto Silva assumiu a presidência Empresa Brasileira de Transporte Urbano (EBTU), indo morar com a família em Brasília. Na capital do País, dona Florisa trabalhou no auxílio a várias famílias do Nordeste que moravam em uma favela, até então, no lago Paranoá. A grande dama sensibilizada pela situação começou a visitar a favela promovendo ações sociais com dentistas, médicos e realização de eventos culturais, como aulas de teatro.
Em 1987, quando Alberto Silva novamente assumiu o Governo do Estado, ela fundou o projeto Casa Escola, uma atividade social de educação escolar para crianças carentes, onde eram realizadas várias atividades culturais e de lazer.
Em 2009, por ocasião do falecimento de Alberto Silva, dona Florisa voltou a residir em Parnaíba, mais precisamente no bairro Ilha Grande de Santa Isabel, ao lado da filha Suzana. Apaixonada pelas causas sociais, com o apoio da filha Suzana, dona Florisa criou o Coral de Crianças da Vazantinha e dar apoio ao consagrado grupo cultural Raízes do Nordeste, destaque no cenário da dança nacional.