Política

INVESTIGAÇÕES

Mauro Cid diz que Magno Malta e Onyx Lorenzoni estimularam Bolsonaro a dar golpe

Em sua delação premiada, Cid também menciona a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro

Da Redação

Sábado - 11/11/2023 às 16:36



Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro
Tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro

Revelações feita pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, apontam que o senador Magno Malta e o ex-ministro Onyx Lorenzoni foram instigadores de um possível golpe de Estado. Segundo a Polícia Federal, informações robustas indicam que Bolsonaro pode ser indiciado por crimes relacionados ao planejamento de uma ruptura institucional no Brasil.

Em sua delação premiada, Cid também menciona a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro como simpatizantes da ideia de um golpe. O ex-presidente, em 2022, teria acreditado no apoio popular para impedir a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

Documentos encontrados no celular do tenente-coronel incluem uma minuta para um golpe de Estado, prevendo a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), dentro dos limites constitucionais.

Durante seu mandato, Bolsonaro tentou passar a mensagem de que o Judiciário atrapalhava seu governo e defendeu a participação das Forças Armadas na apuração eleitoral.

Recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou Bolsonaro a oito anos de inelegibilidade por abuso de poder político, uso indevido de meios de comunicação e conduta vedada.

Vale ressaltar que essa condenação se soma a outra, também de oito anos, relacionada à reunião com embaixadores onde ele questionou a segurança do sistema eleitoral brasileiro.

Mauro Cid, detido em maio por fraudes em cartões de vacinação, teve sua delação aprovada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que concedeu liberdade provisória.

O ex-ajudante de ordens confirmou a existência do "gabinete do ódio", grupo de assessores envolvidos em esquema ilegal para disseminar notícias falsas contra opositores.

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