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Justiça italiana emite parecer favorável à extradição de Carla Zambelli

Deputada licenciada Carla Zambelli está presa em Roma. Decisão aproxima retorno ao Brasil para cumprir penas impostas pelo STF

Da Redação

Quarta - 22/10/2025 às 17:00



Foto: Vinícius Schmidt/Metrópole Carla Zambelli fugiu para a Itália para não ser presa no Brasil
Carla Zambelli fugiu para a Itália para não ser presa no Brasil

O Ministério Público da Itália emitiu, nesta quarta-feira (22), parecer favorável à extradição da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), que está presa cautelarmente em Roma. A informação foi divulgada pela Advocacia-Geral da União (AGU). A decisão representa um avanço no processo que pode resultar no retorno da parlamentar ao Brasil para que ela cumpra as penas de prisão impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Zambelli foi detida em julho deste ano, após uma operação conjunta entre autoridades brasileiras e italianas. A prisão foi determinada pela Corte de Apelação de Roma, que alegou "grave risco de fuga". A deputada havia deixado o Brasil logo após o STF decretar sua prisão preventiva em junho. A AGU atua no processo de extradição, representando o Estado brasileiro para garantir o cumprimento das decisões judiciais.

Carla Zambelli acumula duas condenações na Corte Suprema:

  1. Invasão de sistemas e falsidade ideológica: a primeira condenação, que motivou sua fuga, foi de dez anos e oito meses de prisão. A parlamentar foi condenada por atuar em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto para invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e praticar falsidade ideológica.

  2. Porte ilegal de arma e constrangimento ilegal: a segunda condenação resultou em pena de 5 anos e 3 meses de prisão. O crime ocorreu em outubro de 2022, em São Paulo, quando a deputada perseguiu, armada, o jornalista Luan Araújo, apoiador do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além das penas de prisão, o STF impôs multa de 400 salários-mínimos (corrigida monetariamente) e determinou a perda do mandato parlamentar após o trânsito em julgado da sentença.

Fonte: Metrópoles

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