Política

DELAÇÃO PREMIADA

Grupo bolsonarista defendia uso de "braço armado" em golpe de Estado, diz Cid

O ex-ajudante de Bolsonaro revelou à PF que o "braço armado” tinha participação de apoiadores com posse legal de armas de fogo

Da Redação

Quarta - 21/02/2024 às 12:17



Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro
Tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, afirmou em delação premiada à Polícia Federal (PF) que um grupo de aliados radicais do ex-presidente defendia a ideia de um "braço armado" para apoiar golpe de Estado e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022 

De acordo com informações do jornal O Globo, Cid revelou à PF que o "braço armado” tinha participação de Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs), pessoas com posse legal de armas de fogo para prática de tiro ou caça esportiva.  

Segundo dados do Exército Brasileiro, durante seu governo, Bolsonaro concedeu uma média de 691 registros de novas armas por dia para CACs, totalizando 904.858 registros ao longo dos quatro anos de seu mandato.  

Cid também destacou que o grupo radical em torno de Bolsonaro pressionava exigia que o ex-presidente assinasse um decreto golpista, que se utilizaria de uma distorção do artigo 142 da Constituição Federal, que aborda o papel das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem. 

Além disso, Cid afirmou na delação que Bolsonaro compartilhava falsas denúncias sobre fraudes nas urnas eletrônicas com aliados, como os generais Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, e Paulo Sérgio, solicitando que fossem investigadas.  

Ainda segundo Cid, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o major da reserva do Exército, Angelo Martins Denicoli, também respaldavam Bolsonaro em sua investida contra a integridade do sistema eleitoral.  

Bolsonaro está previsto para prestar depoimento à PF sobre a tentativa de golpe de Estado nesta quinta-feira (22). 

Fonte: Brasil 247 com informações do O Globo

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