Política

PLANO

Governo federal inicia plano para retomar áreas dominadas pelo crime organizado

Estratégia inclui ações policiais e programas sociais para enfraquecer facções e milícias

Da Redação

Segunda - 20/01/2025 às 09:49



Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert/PR Cerimônia de posse do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski
Cerimônia de posse do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski

O Governo Federal anunciou um plano estratégico para recuperar territórios controlados por facções criminosas e milícias, com início previsto para o primeiro semestre de 2025. Coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, a ação envolve parceria com universidades e organizações sociais, além de um cronograma dividido em quatro etapas, segundo informações divulgadas pelo Brasil 247.  

O projeto-piloto será implementado em uma cidade nordestina, cujo nome é mantido sob sigilo, mas o objetivo é expandir as ações para grandes centros urbanos, como o Rio de Janeiro, onde a influência do Comando Vermelho e das milícias é predominante.  

Na primeira etapa, as forças de segurança irão mapear as dinâmicas de poder das organizações criminosas locais e identificar como essas controlam a economia regional. Em seguida, operações policiais serão realizadas, lideradas principalmente pelas polícias estaduais, com possível apoio da Força Nacional, caso necessário. “Não haverá interferência federal, a menos que haja necessidade de integração com as Forças Nacionais”, afirmou Mario Sarrubbo, secretário nacional de Segurança Pública.  

O plano também prevê a substituição das economias paralelas dominadas pelo crime por uma estrutura econômica liderada pelo Estado. Para isso, serão implementados programas sociais que incluem cursos profissionalizantes, financiamentos para pequenos negócios e espaços comunitários destinados à mediação de conflitos.  

A etapa final do projeto busca garantir a presença contínua do governo nas áreas retomadas, evitando a reorganização de grupos criminosos. “É um trabalho complexo, que requer tempo e ações bem coordenadas”, destacou Sarrubbo.  

A implementação do plano poderá enfrentar resistência política, especialmente em estados liderados por governadores da oposição, como São Paulo e Rio de Janeiro. Recentemente, o governo federal impôs novas regras sobre o uso da força policial, vinculando o cumprimento dessas normas ao repasse de verbas do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), o que gerou críticas de líderes estaduais oposicionistas.  

Com desafios operacionais e políticos pela frente, o plano do governo Lula pretende alinhar repressão ao crime organizado com a promoção do desenvolvimento social, buscando resultados sustentáveis no combate à violência e à desigualdade.

Fonte: Brasil 247

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