#CORONAVÍRUS

FUP solicita ao MPT que interceda para evitar cortes de salários, direitos e empregos

Medidas de resiliência foram tomadas pela empresa sem negociação com a categoria.


Petroleiros

Petroleiros Foto: sindiquimicapr.org.br

 Após reunião com o Ministério Público do Trabalho (MPT) na última sexta-feira (3/4), na qual denunciou os cortes de salários, direitos e empregos por parte da Petrobrás, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) protocolou na Procuradoria Regional do Trabalho da 1ª Região uma petição requisitando da empresa uma série de ações alternativas para reduzir seus custos durante a pandemia do novo coronavírus sem penalizar seus trabalhadores. A entidade pede ao MPT a mediação com a companhia, já que as decisões estão sendo tomadas sem participação das entidades sindicais.

Entre as alternativas imediatas propostas pela FUP estão a suspensão do pagamento do restante dos dividendos aos acionistas da Petrobrás; a suspensão do reajuste de 26,6% da remuneração global dos administradores da companhia; o cancelamento do Programa de Prêmio por Perfomance (PPP) 2019. Essas ações garantiriam uma economia de R$ 3,609 bilhões, valor muito superior aos R$ 2,4 bilhões de economia com redução de salários que a Petrobrás anunciou em suas medidas de resiliência – que, como reforça a federação, foram tomadas sem qualquer negociação com a categoria petroleira.

A FUP e seus sindicatos filiados ainda pedem a reposição imediata, e a manutenção durante a crise, de todas as parcelas suprimidas de forma unilateral pela Petrobrás dos pagamentos aos trabalhadores; o restabelecimento dos regimes de trabalho, jornadas e relação trabalho/folga, previstos no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente; a manutenção de todos os postos de trabalho do pessoal próprio e terceirizado; e o compromisso da empresa com o retorno de todas as atividades, postos de trabalho, contratos de terceirização de mão de obra, e condições de trabalho suspensos desde o início do Estado de Calamidade Pública, decretado pelo governo federal, assim que este tenha fim.

“A Petrobras quer que os trabalhadores arquem com os erros cometidos pela gestão. A empresa está nesta situação porque tomou decisões erradas, e não apenas pela queda do preço do barril do petróleo ou pela crise do coronavírus, que são situações conjunturais. A gestão da Petrobrás cometeu erros graves de estratégia, ao abrir mão do mercado de distribuição de combustíveis, ao reduzir cargas nas refinarias, ao quebrar a integração da empresa, optando por ser uma exportadora de óleo cru. Não à toa a Petrobrás, entre as grandes petroleiras do mundo, é que a mais terá dificuldades de se recuperar, segundo analistas”, frisa o coordenador geral da FUP, José Maria Rangel.

Fonte: FUP - imprensa

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