Política

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Empresária que associou tragédia no RS à “macumba” é denunciada pelo Ministério Público

Em uma publicação no Instagram ela disse que a tragédia no Rio Grande do Sul foi motivado pela "ira de Deus"

Da Redação

Sábado - 18/05/2024 às 12:33



Foto: Reprodução/Redes sociais Michele Dias Abreu, de 43 anos
Michele Dias Abreu, de 43 anos

A empresária e influenciadora Michele Dias Abreu, de 43 anos, foi denunciada pelo Ministério Público depois de associar em suas redes sociais a tragédia no Rio Grande do Sul às religiões de matriz africana. Michele é moradora de Governador Valadares, na Região dos Vales de Minas Gerais.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, no dia 5 de maio, Michele disse que o que os temporais e enchentes que deixaram mais de 540 mil pessoas desalojadas, 154 mortas e outras 94 desaparecidas foram motivados pela "ira de Deus". As falas foram compartilhadas com quase 32 mil seguidores, e o vídeo chegou a três milhões de visualizações, segundo o Ministério Público.

O estado do Rio Grande do Sul é o estado com maior número de terreiros de macumba. Alguns profetas já estavam anunciando algo que iria acontecer devido a ira de Deus. As pessoas estão brincando, misturando aquilo que é santo, e Deus não divide sua honra com ninguém”, disse Michele Dias na publicação.

No Brasil, a punição para pessoas que cometem intolerância religiosa é a mesma prevista pelo crime de racismo, quando a ofensa discriminatória é contra grupo ou coletividade, pela raça ou pela cor.

Na denúncia à Justiça, a promotoria afirma que a influenciadora não só cometeu um crime como induziu milhares de pessoas "à discriminação, ao preconceito e à intolerância contra as religiões de matriz africana".

O MPMG também pede que a mulher fique proibida de sair do país sem autorização judicial e de fazer novas postagens sobre religiões de matriz africana ou com conteúdos falsos relacionados à tragédia no Rio Grande do Sul.

Após a repercussão negativa, a influenciadora privou as redes sociais. Em seu canal em uma plataforma de vídeos, a acusada se apresenta como diretora de uma rede de laboratórios em Minas Gerais.

Fonte: G1

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