Política

LUCIANA SANTOS

Ministra defende exploração de petróleo na Foz do Amazonas com tecnologia inovadora

Ministra Luciana Santos participa da abertura da Citer, Conferência Internacional de Tecnologias das Energias Renováveis

Sérgio Fontenele

Segunda - 03/06/2024 às 16:17



Foto: Divulgação Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação
Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação

Durante abertura da Citer - Conferência Internacional de Tecnologias das Energias Renováveis, a ministra Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação, defendeu que a transição energética do modelo de exploração do petróleo para as energias limpas é demorado e "não há como o Brasil abrir mão" da exploração do combustível fóssil. Porém, o país detém tecnologias novas para minimizar os impactos dessa exploração, como é o caso do que está sendo proposto para a região da Foz do Amazonas.

"Esse debate em relação à exploração do petróleo, o Brasil também detém a principal tecnologia de exploração de petróleos em águas profundas. Há décadas, e todos nós sabemos, que é preciso ter uma transição, e essas transições nem sempre são tão rápidas. Elas podem ser transições mais longevas, porque elas acabam sendo também ainda uma necessidade. Não há ainda uma possibilidade de inversão ou de mudança daquela base dessa matriz, que também é uma matriz energética", afirmou.

Segundo a ministra, a Guiana explora a região, que também está em território brasileiro. "é uma situação que você se depara de uma riqueza, que não deixa de ser uma riqueza e que você tem que desenvolver a tecnologia para diminuir os impactos ambientais", disse.

Luciana detalhou que essa tecnologia busca reduzir os impactos ambientais. A questão causou choque de discursos entre a Petrobras e o Ministério do Meio Ambiente, com envolvimento de senadores do Amazonas e Amapá, como Randolfe Rodrigues.

"A Petrobras hoje tem a capacidade de reintrodução do CO2 na rocha como a tecnologia nova para poder fazer uma redução dos impactos ambientais na exploração, mas não há hoje como o Brasil abrir mão [da exploração do petróleo], assim como nenhuma parte do mundo está abrindo mão dos seus potenciais naturais, mesmo que ele ainda seja um combustível que precisa mitigar seus efeitos, mas a pior alternativa é você não ter alternativa de matriz energética e é por isso que nós temos que equilibrar essa situação de modo a não perder vantagens, que não deixa de ser vantagens", explicou.

A Citer visa fomentar o diálogo entre diversos setores da sociedade, disseminando conhecimento sobre as inovações tecnológicas mais recentes no campo das energias renováveis, com foco especial no hidrogênio verde. Além disso, busca aumentar a conscientização sobre as mudanças climáticas e a importância dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e do Acordo de Paris.

A conferência acontece no Centro de Convenções de Teresina, até a próxima quarta-feira (05), com uma programação composta por painéis simultâneos de diálogos, feira de negócios de energias renováveis, espaços específicos de networking e a continuação do projeto Citer Pop, iniciado no dia 21 de maio nas escolas públicas do Piauí com o intuito de difundir o conhecimento científico sobre energias renováveis entre o público jovem.

Confira trecho do discurso de abertura de Maria Gonçalves, representando os povos do campo das águas e da floresta:

maria.mp3

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