A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em adiar o debate sobre a anistia aos condenados nos atos golpistas de 8 de janeiro atende a um pedido dos parlamentares bolsonaristas, informa a jornalista Daniela Lima, do G1. Na avaliação de aliados de Jair Bolsonaro (PL), o debate sobre o tema não seria produtivo antes do desfecho dos processos contra o ex-presidente.
"Não faz nem sentido aprovar anistia antes que todas as condenações sejam ou não definidas. Antes de saber em que moldes. Algum benefício haverá”, opinou um presidente de partido aliado a Bolsonaro. Até o momento, todos os condenados estão tendo a conduta analisada individualmente, mas de que o crime cometido foi premeditado e articulado em conjunto.
No entanto, a possível anistia esbarra no Supremo Tribunal Federal (STF), que vê desvio de finalidade na tentativa de deputados bolonistas em trocar apoio nas eleições da Câmara e do Senado pelo avanço da proposta. Aliados de Bolsonaro avaliam que a anistia só terá chance real de ser conduzida após as eleições de 2026, quando a extrema-direita pretende ampliar sua influência no Senado.
Fonte: Brasil 247