Política

JOIAS

Bolsonaro admite que mandou vender itens recebidos da Arábia Saudita

Em conversa com aliados, Bolsonaro afirmou que "não tinha o que fazer com aquilo" e mandou "passar para frente"

Da Redação

Quarta - 10/07/2024 às 11:54



Foto: Reuters/Marco Bello Ex-presidente Jair Bolsonaro
Ex-presidente Jair Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro, indiciado por associação criminosa durante seu governo para desviar joias e presentes de alto valor que somam R$ 6,8 milhões, agora admite que determinou a negociação de alguns itens, após inicialmente negar conhecimento dos fatos.

Em conversas com aliados nas últimas 24 horas, após a divulgação do relatório da Polícia Federal sobre o caso das joias, Bolsonaro afirmou que "não tinha o que fazer com aquilo" e mandou "passar para frente". Ele se referia a peças como relógios Rolex e Patek Philippe, vendidos por seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, por US$ 68 mil, conforme relatado pela jornalista Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo.

Bolsonaro segue a linha da nota emitida por sua defesa, repetindo a aliados que teria informações da área do acervo presidencial de que os itens pertenciam a ele. No entanto, ele evita falar sobre os pagamentos em espécie revelados por Lourena Cid, que configuram lavagem de dinheiro, segundo a jornalista.

O relatório final da Polícia Federal que resultou no indiciamento de Bolsonaro aponta a formação de uma associação criminosa durante seu governo para desviar joias e presentes recebidos em razão do cargo. Os itens desviados foram periciados, e a lista inclui presentes de autoridades estrangeiras, cujo valor parcial soma US$ 1.227.725,12, ou R$ 6.826.151,66. A informação foi inicialmente divulgada pelo jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Brasil 247

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