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Aliança Global contra Fome oferecerá assistência técnica e financeira a países-membros

​O anúncio foi feito pelo ministro Wellington Dias em Doha, durante a primeira Cúpula da Aliança Global contra Fome e Pobreza

Da Redação

Segunda - 03/11/2025 às 07:59



Foto: Divulgação Wellington Dias participou da primeira Cúpula da Aliança Global contra Fome e Pobreza em Doha, no Catar
Wellington Dias participou da primeira Cúpula da Aliança Global contra Fome e Pobreza em Doha, no Catar

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), anunciou nesta segunda-feira (3), em Doha, no Catar, que a Aliança Global contra Fome e Pobreza está plenamente estruturada e pronta para oferecer apoio técnico, financeiro e capacitação aos seus países-membros. O comunicado foi feito durante a primeira Cúpula da Aliança, da qual ele é presidente.

Segundo o ministro, após um ano de sua criação, a iniciativa já reúne mais de 200 membros, sendo 105 países e 96 organizações internacionais, instituições financeiras, agências da ONU e entidades da sociedade civil, e conta com escritórios em várias regiões do mundo, além da sede em Roma.

Ao lado da secretária de Estado para o Desenvolvimento Internacional da Espanha, Eva Granados, copresidente da Aliança, Wellington Dias anunciou também a criação de pacotes de financiamento por bancos de desenvolvimento, além de acordos de cooperação técnica em áreas como proteção social, agricultura, nutrição e acesso à água. As ações, segundo ele, serão integradas e incluirão iniciativas de transferência de renda, alimentação escolar, apoio a pequenos agricultores, proteção infantil e programas de resiliência climática. 

“Há exatamente um ano, no Rio de Janeiro, nasceu a Aliança Global. Éramos 148 membros fundadores unidos por uma convicção: a fome e a pobreza não são inevitáveis. Hoje, somos mais de 200 membros - 105 países e 96 organizações internacionais, instituições financeiras, agências da ONU e organizações da sociedade civil. Em doze meses, transformamos uma promessa em um mecanismo vivo de solidariedade, coordenação e ação”, declarou.


Ele ressaltou ainda que a estrutura da Aliança permitirá que os países solicitem apoio de forma direta e cooperativa.

“A partir de hoje, qualquer país-membro poderá solicitar ajuda dos demais membros, com apoio do nosso Mecanismo da Aliança, em um processo de construção de parcerias totalmente baseado na demanda. A Aliança está aberta, pronta e em operação”, enfatizou o ministro em seu anúncio.


Copresidente da Aliança, a espanhola Eva Granados declarou que a Aliança Global é um instrumento para dotar mais países da capacidade de agir decisivamente contra a fome e a pobreza. 

“Juntos, colocamos os países no centro, apoiamos seus planos baseados em evidências, coordenamos parcerias, mobilizamos financiamento integrado e facilitamos a cooperação”, disse.


Impacto das mudanças climáticas na fome

Durante o evento, Wellington Dias informou que o Conselho de Campeões da Aliança elaborou uma Declaração sobre Fome, Pobreza e Ação Climática Centrada no Ser Humano, que será apresentada aos chefes de Estado na próxima sexta-feira (7), durante a COP30, em Belém (PA). 

“A declaração deixará claro que os piores impactos das mudanças climáticas recaem sobre os mais pobres e vulneráveis, e que uma transição climática justa deve proteger seus direitos, fortalecer sua resiliência e garantir dignidade humana”, informou.

Brasil fora do Mapa da Fome da ONU 

Durante a Cúpula da Aliança Global, o ministro destacou ainda que o Brasil é prova viva do combate a fome. Ele relembrou que o país retirou 24,4 milhões de pessoas da fome e 7,6 milhões da pobreza, graças a políticas baseadas em evidências e à disposição do Presidente Lula de incluir os pobres no orçamento. Em julho de 2024, o país saiu oficialmente do Mapa da Fome da ONU pela segunda vez — antes da meta que havia estabelecido para 2026.

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