Os familiares de Karita Joara de Lima Santos, de 35 anos, acreditam que ela tenha sido assassinada pela ex-companheira, Maria do Perpétuo, presa na última quarta-feira (27), após a conclusão da perícia. A polícia está investigando se ela teria forjado o suicídio de Karita para ocultar o assassinato.
Karita foi encontrada morta dentro de sua residência, no bairro São Pedro, zona Sul de Teresina, no dia 26 de setembro. Ao acionar a polícia, a companheira da vítima alegou ter encontrado a companheira enforcada, vítima de um suicídio. Ela teria se enforcado com um cinto preso a um gancho usado para pendurar redes.
Segundo a delegada Nathália Figueiredo, da Delegacia de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), as lesões encontradas no pescoço da vítima apontam que o enforcamento foi "horizontal", ou seja, por algo ou alguém que estivesse na mesma altura que ela.
"Ela disse que quando entrou no quarto, a Karita ainda estava suspensa no cinto que ela teria utilizado e quando abraçou a Karita o cinto se rompeu. Por que então dessas lesões no corpo? Ela negou qualquer briga. Mas mantivemos o mesmo pensamento por isso demos cumprimento ao mandado", disse a delegada.
Karita tinha ainda ferimentos em diversos pontos da cabeça. Já Maria do Perpétuo não tinha nenhum ferimento.
Vítima tinha se afastado da família
Segundo os familiares, o relacionamento era recente e Karita se afastou da família depois que começou a viver com Maria do Perpétuo. A família diz ter estranhado a tese de suicídio, pois Karita estava bem profissionalmente e havia até mobiliado a casa.
Outros dois laudos são aguardados pela polícia para conclusão do inquérito. Se o assassinato for comprovado, Maria do Perpétuo pode responder pode ser indiciada por feminicídio, por meio cruel, e fraude processual.