O sargento Gilvan Freitas Rodrigues, do Corpo de Bombeiros do Piauí, está sob investigação em dois inquéritos — um administrativo e outro policial — por agressões contra sua ex-esposa, a jornalista Yara Ataíde. Ele foi afastado de suas funções por ordem do comandante da corporação, coronel José Rego.
A situação veio à tona quando Yara usou suas redes sociais para relatar uma série de agressões ocorridas ao longo de sete anos. A gravidade do caso aumentou após a divulgação de um vídeo em que Gilvan a agrediu na frente dos filhos.
Entenda o caso
No dia 19 de setembro, Yara publicou vídeos de câmeras de segurança mostrando Gilvan a agredindo com um soco em julho. Ela afirmou que suas denúncias ao CBMEPI foram ignoradas.
Em uma nova ocorrência em 20 de setembro, mesmo sob uma medida protetiva, ele voltou a agredi-la em frente à casa dela, na presença dos filhos.
Imagens gravadas mostraram Gilvan aplicando um golpe de mata-leão, evidenciando o descumprimento da ordem judicial. O CBMEPI anunciou a abertura de um procedimento administrativo, mas a falta de clareza nas possíveis punições gerou críticas.
No dia 21 de setembro, Gilvan foi oficialmente afastado e teve sua arma recolhida. Ele pode enfrentar demissão, mas sua prisão depende de decisão judicial. Protestos de grupos de mulheres na OAB exigem ações imediatas contra o agressor.
Possíveis consequências legais:
Gilvan pode ser responsabilizado por diversas infrações da Lei Maria da Penha, que combate a violência doméstica no Brasil. O caso de Yara destaca a necessidade de uma aplicação mais rigorosa da lei. A advogada Ana Cláudia Soares enfatiza que falhas no sistema judicial podem aumentar a impunidade e colocar em risco a segurança das vítimas.