Polícia

INVESTIGAÇÃO

Promotor que exigiu R$ 3 milhões para arquivar processo é alvo de novos mandados

A Polícia Federal cumpre 5 mandados em endereços ligados ao promotor e ao seu assessor; ambos irão usar tornozeleira eletrônica

Da Redação

Quinta - 15/08/2024 às 10:38



Foto: Reprodução/MPPI Promotor é alvo de investigações da Polícia Federal
Promotor é alvo de investigações da Polícia Federal

O Promotor de Justiça da 6ª Promotoria do Ministério Público do Piauí (MPPI) em Picos, Maurício Verdejo Gonçalves Júnior é alvo de nova etapa da Operação Iscariotes, deflagrada inicialmente na quarta-feira passada, dia 7 de agosto. Agora, a Justiça determinou o cumprimento de 5 mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao promotor e ao seu assessor. São 4 mandados cumpridos em Teresina e um na cidade de Picos.

Além disso, o Tribunal de Justiça do Piauí também determinou o bloqueio de bens e valores, o afastamento do cargo público e o monitoramento eletrônico dos investigados, além de outras medidas cautelares.

Ambos são investigados por concussão, crime praticado por funcionário público que consiste em exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

O caso

O promotor foi denunciado por um empresário, por ter exigido vantagem indevida no valor de R$ 3 milhões para arquivar procedimento investigatório criminal (PIC) contra ele. Segundo a PF, a vítima relatou que foi abordada pelo promotor em um restaurante. O investigado teria dado o prazo de alguns dias para efetuar o pagamento e garantir o arquivamento do processo.

A equipe de investigação comprovou este relato e ainda confirmou que o suspeito recebeu parte do montante exigido. Durante o cumprimento do mandado, a Polícia Federal apreendeu a quantia de R$ 900 mil, documentos e aparelhos eletrônicos.

O Ministério Público do Piauí (MPPI) destacou, em nota, que foi o próprio órgão que remeteu a representação contra Maurício Verdejo, e explicou que o processo corre em segredo de justiça.

No dia 9 de agosto, o MPPI informou que Maurício Verdejo foi afastado de suas funções pelo prazo de 90 dias, e seu acesso aos prédios e instalações do MPPI foi proibido até outra deliberação, exceto para participação em atos instrutórios determinados pela PGJ ou pela Corregedoria-Geral.

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