Poucos quarteirões da Praça Pedro II,
Lascívia, bebidas, cabarés, prostituição!
Linha tênue entre a sociedade e a concupiscência sem nem um pouco de inocência.
Moços e moiçolas viandantes noturnos, alguns alegres, outros taciturnos, de modo sôfrego a procura do prazer orgâsmico, argentário e despudorado, sem drogas, vício único da cachaça pra plebe rude e ignara, para os ricos a cerveja Brahma ou Antárctica por ser da elite e mais cara!
A madame de vermelho aparecia, com tom de aparente respeito, em que todos se libertavam da constante letargia do dia a dia!
Em cada mesa belas mulheres…
Era assim a Paissandu, vista como eu vi, de olho nú!
A radiola tocando belos boleros, dançarinos coladinhos trocando passos para enfim, cair no laço!
Lugar democrático, onde pobres e ricos se juntavam em alegrias constantes.
Não perdiam o prazer, o júbilo, um só instante.. noite a dentro até o raiar do sol quando finalmente cansados, sem dinheiro, desiludido dos supostos prazeres vividos, voltam a casa tristonhos e aturdidos!
Paissandu era soma de espaços por ruas e ruelas, O Sujeito, Amambaí, Estrela e a Fascinação, onde você poderia encontrar um falso coração.
A Casa Amarela, New York ou Alabama tudo era concentrado nas noitadas de bebedeiras sons e cama.
Histórias vividas por toda a cidade,
Existindo uma complacência com a própria sociedade que nada proibia e tudo aquilo na aceitação velada da população, seguia !