A Polícia Civil do Piauí concluiu nesta quarta-feira (05) o inquérito de feminicídio contra Marcos Fortes de Sousa, acusado de matar a exposa, o filho e tentar contra a vida da ex-sogra e da ex-cunhada em Altos. Segundo o delegado responsável pela investigação, André Moreno, foram quase 150 páginas de relatório. O caso teve grande repercussão no Piauí em decorrência da dinâmica do crime.
Foram quase 150 páginas de um inquérito bem robusto, bastante elementos de informação. Pelo que a gente pode apurar o autor não se conformou com o término do relacionamento, invadiu a casa da vítima, ateou fogo nela, acertou alguns disparos de arma de fogo que não pegaram em ninguém e atacou a vítima com uma faca também e o golpe fatal foi realmente ali no pescoço da vítima", disse o delegado.
Além disso, Marcos também jogou gasolina e ateou fogo na casa da mulher, onde estava a mãe dela, a irmã e seu filho, fruto do relacionamento com Marcos. O adolescente de 13 anos foi atingido pelas chamas e teve 90% do corpo queimado. Ele chegou a ser internado, mas não resistiu. A mãe e a irmã da vítima também foram internadas com lesões e tiveram, respectivamente, 45% e 30% dos corpos queimados. Elas estão vivas.
O autor responde pelo feminicídio da sua ex-companheira, pelas tentativas de feminicídio contra a mãe da companheira e a irmã da companheira. Com relação a mãe da companheira, ainda cabe a majorante por ter mais de 60 anos. E responde também pelo homicídio qualificado do menino de treze anos e também pelo meio cruel utilizado, e pelo incêndio que atingiu a casa", afirmou.
Custódia
Depois de tentar contra a vida da família da ex-companheira Marcos Fortes de Sousa tentou contra a própria vida, mas sobreviveu e está internado sob custódia. Ele tem um mandado de prisão preventiva.
Denúncia
Em maio o Ministério Público do Piauí denunciou Marcos pelos crimes cometidos. Promotor de Justiça Mario Alexandre Costa Normando requereu a citação do denunciado, para que responda aos termos da denúncia e, provados os fatos, seja submetido à sessão plenária do júri. Além disso, o MPPI pede indenização por danos causados às vítimas.
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