Polícia

COMBATE AO CRIME

Megaoperação contra o Comando Vermelho deixa 20 mortos e 81 presos no Rio de Janeiro

Parte dos procurados, pelo menos 30, é do Pará. Traficantes reagiram a tiros e com barricadas em chamas

Da Redação

Terça - 28/10/2025 às 13:02



Foto: Reprodução TV Globo Fumaça das barricadas no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro
Fumaça das barricadas no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro

Pelo menos 2.500 agentes das forças de segurança do Rio de Janeiro tentam prender, nesta terça-feira (28), cerca de 100 traficantes do Comando Vermelho (CV). Esta é mais uma etapa da Operação Contenção, uma iniciativa permanente do governo do estado de combate ao avanço da facção por territórios fluminenses.

Desta vez, as equipes foram para os complexos do Alemão e da Penha, um conjunto de 26 comunidades na Zona Norte do Rio de Janeiro. Pelo menos 20 pessoas morreram e 81 foram presas nesta terça-feira (28) em uma megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Traficantes reagiram a tiros e com barricadas em chamas.

Até a última atualização desta reportagem, a ação ainda estava em andamento, com relatos de mais baleados. Trata-se de mais uma etapa da Operação Contenção, uma iniciativa permanente do governo do estado de combate ao avanço do CV por territórios fluminenses.

A Polícia diz que entre os mortos tem dois policiais civis. São eles: Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como Máskara, recém-promovido a chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita), e Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, da 39ª DP (Pavuna).

Os outros 18 mortos são, segundo o governo do estado, traficantes que trocaram tiros com policiais. Outros sete polícias civis foram baleados.

Entre os presos está Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo, um dos chefes do Comando Vermelho da região. Outro capturado é Nicolas Fernandes Soares, apontado como operador financeiro de um dos altos chefes do CV, Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou que a operação foi desenhada com antecedência e não contou com apoio do governo federal. "Toda essa logística é do próprio estado. São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem no Rio de Janeiro", disse.

Santos destacou que cerca de 280 mil pessoas vivem nas áreas afetadas pela operação. “Essa é a realidade. Lamentamos profundamente as pessoas feridas, mas essa é uma ação necessária, planejada, com inteligência, e que vai continuar”, afirmou o secretário.

Fonte: TV Globo

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