O jornalista Arimatéia Azevedo foi preso novamente na manhã desta quinta-feira (18), em sua residência, na zona Sudeste de Teresina. A prisão se deu após decisão do juiz Luiz de Moura Correia, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, que revogou a prisão domiciliar e determinou a prisão preventiva do jornalista com base em condenação por crime de extorsão.
Na sentença, o magistrado nega possibilidade de recurso em liberdade a Arimateia. O jornalista já havia sido preso em março após outra condenação relacionada a crime de estelionato.
A decisão pela prisão preventiva foi proferida nessa quarta-feira (17), no julgamento de embargos de declaração propostos por Arimateia Azevedo contra a decisão do dia 11 de agosto deste ano, que o condenou ele a 8 anos e 4 meses de reclusão e pagamento de 18 dias-multa.
Arimatéia Azevedo afirmou que existe um depoimento da vítima que o isenta do crime, alegando a inexistência de provas e que a sentença foi “ambígua”, com relação a uma suposta extorsão de R$ 15 mil.
Já o juiz Luiz de Moura afirma que não existe irregularidade na decisão e revogou a prisão domiciliar, determinando a preventiva.
“Nego ao sentenciado o direito de recorrer em liberdade, eis que persistem as razões justificadoras do decreto preventivo. Ficou claramente demonstrado que o crime existiu e há provas de que o sentenciado é autor desse crime. Possui em seu desfavor diversos registros criminais, inclusive da mesma natureza. Além disso, ostenta uma condenação pela prática do crime de estelionato”, diz trecho da decisão.
A prisão foi realizada pela Delegacia de Capturas (Capturas). O jornalista deve ser levado para o sistema prisional.
Condenação
Arimatéia Azevedo foi condenado pelo crime de estelionato a nove anos e quatro meses de prisão em regime fechado. A condenação foi no dia 18 de fevereiro de 2022 e assinada pelo juiz Ulysses Gonçalves da Silva Neto, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Teresina.
De acordo com a sentença, Arimateia Azevedo, que é proprietário do Portal AZ, falsificava documento público, inserindo declaração falsa, com o interesse de obter vantagem ilícita em detrimento do Estado do Piauí. O fato foi comprovado por documentos, durante a investigação policial. Um funcionário também foi acusado de agir junto com o jornalista.
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