Os empresários Haran Santiago Girão Sampaio e Danilo Coelho de Souza, donos da rede de postos HD, foram localizados e interceptados pela Polícia Civil do Piauí no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na noite desta quarta-feira (5). Eles estariam tentando embarcar para Foz do Iguaçu, no Paraná. E tiveram de entregar seus passaportes por ordem judicial.
Ainda não havia ordem de prisão contra eles. A abordagem no aeroporto de Guarulhos foi realizada por equipes da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP) e da Gerência de Operações e Investigações Criminais (GOIC), que já monitoravam os suspeitos desde a deflagração da Operação Carbono Oculto 86, no Piauí.
Haran a Danilo saíram de Teresina na terça-feira (04), um dia antes da Operação Carbono Oculto 86, o que levanta suspeitas de vazamento de informações sobre a ação policial. Na terça-feira, a pedido dos investigadores, o juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina, determinou a apreensão dos passaportes dos empresários e suas respectivas esposas, Thamyres Leite Moura Sampaio e Thayres Leite Moura Coelho. Eles deverão entregar seus passaportes em até 48 horas.
A decisão do juiz é a mesma que autorizou os mandados de busca e apreensão nas residências e empresas investigadas por integrar um esquema criminoso de lavagem de dinheiro e adulteração de combustíveis vinculado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Além da retenção dos passaportes, o juiz determinou o sequestro de mais de R$ 348 milhões bloqueados em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas.
Os quatro investigados também deverão cumprir as seguintes determinações judiciais:
- Comparecimento obrigatório sempre que intimados;
- Proibição de ausentar-se da Comarca de Teresina ou mudar de endereço sem autorização judicial;
- Proibição de manter contato com outros investigados, por qualquer meio — inclusive redes sociais, aplicativos de mensagens ou por intermédio de terceiros.
Apesar da gravidade dos fatos, o magistrado negou o pedido de prisão temporária dos empresários, entendendo que as medidas cautelares seriam suficientes para garantir o andamento das investigações.
Em sua decisão, o juiz destacou o elevado poder aquisitivo da família, que possui inclusive aeronave própria, o que facilitaria eventual tentativa de fuga do país.
A Operação Carbono Oculto 86 segue em andamento e tem como foco desarticular um complexo esquema de lavagem de dinheiro e fraudes fiscais envolvendo empresas de combustíveis e empresários piauienses ligados a facções criminosas.
Fonte: SSP-PI
Mais conteúdo sobre:
#Operação Carbono Oculto 86 #Haran Santhiago Girão Sampaio #lavagem de dinheiro #PCC #Piauí #postos de combustível #Grupo HD #fraude fiscal #LinkedIn #apreensão de aviões #Porsche #bloqueio de bens #crime organizado #Nordeste