João Alberto Ferreira da SIlva foi preso nesta segunda-feira (10) na cidade de Brasília, 17 anos depois de atirar em um policial militar durante uma perseguição. A vítima ficou paralítica em decorrência do disparo ter atingido a coluna. Clemilton Vieira Costa, o policial, morreu em 2015. A o mandado contra o acusado foi cumprido no contexto da “Operação Lembrados”.
As investigações revelam que no dia 11 de junho de 2007, o preso, em companhia de dois indivíduos, realizou um roubo na cidade de Picos. Ao tentar empreender fuga, foram perseguidos pelo soldado da Polícia Militar do Piauí, Clemilton Vieira Costa, que estava em uma motocicleta e acabou se lesionando ao cair do veículo. Ao tentar levantar, o policial foi alvejado duas vezes pelo criminoso, sendo que um dos disparos atingiu sua coluna, deixando-o paralítico.
Clemilton Vieira Costa
A esposa da vítima, Elisa Pereira Leite Costa, relembra que na época morava na cidade de Picos e teve de vir à Teresina para que o marido realizasse as cirurgias.
Eu não conhecia nem Teresina. E eu tive que levar ele. E lá ele passou por duas cirurgias. O médico disse para mim que ele poderia nem sobreviver. Eu sofri muito e passei muita dificuldade com minhas duas filhas, relata.
Por conta das sequelas da paralisia, Clemilton morreu em 2015. O criminoso estava foragido desde então. Elisa Pereira também conta que os 14 anos em que a família ficou sem informações do paradeiro do criminoso foram de aflição.
O que esse homem fez causou muito sofrimento, passamos por muitas dificuldades. Hoje toda a família se sente aliviada em saber que a Justiça será feita após 17 anos do crime”, desabafa.
Segundo o delegado Yan Brayner, da Superintendência de Operações Integradas, a operação Lembrados, é conduzida pela Diretoria de Inteligência da PC-PI.
Essa operação cumpre mandados de prisão em aberto, que foram expedidos pelo poder judiciário piauiense, e efetua a prisão de pessoas que estejam em território piauiense, e possuam mandado de prisão pendente, oriundo do poder judiciário de outras unidades da Federação", disse.
Denúncias anônimas e informações sobre a localização de pessoas foragidas e com mandados de prisão em aberto podem ser feitas pelo número (86) 9 9492-3705.
Confira o relato de Elisa
Siga nas redes sociais
