Uma investigação da Polícia Civil de Minas Gerais indiciou 15 pessoas, entre elas, uma freira identificada como irmã Adelaide Dantas, de 54 anos, por maus-tratos e as mortes de 10 idosos em uma casa de repouso na cidade de Divinópolis (MG).
As 16 pessoas são suspeitas de envolvimento em casos de tortura, cárcere privado, omissão de socorro, exercício ilegal de medicina, curandeirismo, falsidade ideológica e homicídio.
A freira atuou como diretora do asilo por oito anos, entre 2015 e abril de 2022. Ela é considerada pela polícia, a principal responsável pelos casos.
Sete técnicos e auxiliares de enfermagem também foram indiciados por maus-tratos, cárcere privado e tortura, sendo este último crime imputado a outros funcionários da entidade.
Uma reportagem exibida no programa “Fantástico”, da TV Globo, neste último domingo (29), mostrou relatos de ex-funcionários da instituição que denunciaram a forma desumana como eram tratados os idosos no local.
As investigações tiveram início em abril de 2022, dezenas de pessoas foram ouvidas e documentos foram recolhidos dentro do asilo para análise. Um desses documentos se tratava de um livro de ocorrências dos plantonistas que deve ser a chave para comprovar os crimes cometidos.
De acordo com as investigações, ao menos 10 idosos faleceram por conta da omissão da irmã Adelaide Dantas. Além de possuir o registro profissional de enfermeira, a freira também acumulava a função de diretora da instituição e de médica.