
Setenta famílias que vivem no Povoado Lagoinha, na zona rural de Sigefredo Pacheco, no Norte do Piauí, receberam a visita de uma equipe do Gerenciamento de Crises e Direitos Humanos da Polícia Militar do Piauí tarde dessa quarta-feira (24). Recentemente, moradores do povoado procuraram o Piauíhoje.com para denunciar que estavam recebendo ameaças de despejo e ações de violência dentro das terras onde vivem.
O local é habitado por pequenos agricultores, que afirmaram que estão tendo suas cercas derrubadas e a estrada que dá acesso aos terrenos estão sendo destruídas. Após grande repercussão do caso, o comandante do gerenciamento de crise da PM, coronel Avelar, esteve no local juntamente com o comandante do 15º Batalhão da Polícia Militar, major Etevaldo Alves e um oficial de Justiça.
Segundo o professor Neto, a visita das autoridades foi para tratar sobre o reconhecimento da área, constatando que há casas e produção agrícola no local. A polícia esteve no local para planejar a retomada da terra aos moradores.
Segundo Misael Meireles, membro da Associação da Agricultura Familiar de Sigefredo Pacheco (ASAF“As), as organizações fazem um levantamento da área para identificar a terra que não tem registro. Os moradores estão no local há cinco anos e passaram a ocupar o local após encontrarem a área sem cerca e desmatada. Desde então, as família utilizam as terras para sobreviver através do plantio de feijão, cana-de-açúcar, caju, etc. Os moradores construíram casas e há cinco poços tubulares no local.
Recentemente, o juiz de Campo Maior indeferiu o pedido de reintegração, mas os que dizem serem donos da terra recorreram ao Tribunal de Justiça e um desembargador deu aprovação aos agravos. Os moradores foram notificados a deixarem o local. As entidades acompanham as famílias e buscam contestar na justiça a reintegração de posse.