Como proteger os animais ameaçados de extinção no Brasil? "O primeiro passo é conhecê-los", aponta o biólogo e veterinário Sávio Freire Bruno, que passou cerca de um ano e meio garimpando informações de bichos em risco.O resultado da extensa pesquisa está no livro "100 Animais Ameaçados de Extinção no Brasil - E o que Você Pode Fazer para Evitar", organizado pelo editor Pedro Almeida, que traz um trabalho minucioso sobre uma fração das espécies ameaçadas da fauna nacional.Ariranha, águia-cinzenta, baleia-jubarte, mico-leão-preto, pato-mergulhão, onça pintada, tamanduá-bandeira e tatu-bola são alguns dos bichos mostrados na publicação. Nas páginas específicas de cada espécie há informações sobre a biologia, as ameaças e curiosidades, além de um box com tópicos sobre alimentação, longevidade, peso e mais características.Também há um subtítulo para o assunto "Como Ajudar", em que estão descritos os principais projetos dedicados à espécie, os respectivos sites das organizações e, ainda, o grau em que está ameaçada, que pode ser "vulnerável", "em perigo", "criticamente em perigo" ou "extinta na natureza", como no caso da ararinha-azul. Para organizar as "fichas" de cada um dos animais, Bruno buscou informações em sites, livros, publicações e entrevistas com especialistas das espécies.Imagens de 100 espécies ameaçadas"A maior dificuldade da pesquisa foi conseguir as imagens", garantiu Bruno. Disse ainda que muitas das espécies, mesmo as classificadas no grau mais crítico de ameaça, não tinham registros fotográficos.A solução foi pesquisar as fotografias dispersas pelo país, para reuni-las no livro. Para isso, Bruno procurou fotógrafos da área e colocou, ele próprio, as mãos na massa, para capturar as imagens, como no caso da ave Formigueiro-do-Litoral e do Pato-Mergulhão. Apesar das dificuldades, acredita que ilustrar o livro com fotos de espécies em perigo conferiu um caráter inovador ao livro.O resultado final, diz ele, tem a pretensão de mostrar a cara da fauna do país para os próprios brasileiros que, muitas vezes, têm mais referências de animais de outras regiões do planeta que do Brasil. Para ele, ao conhecer, aumentam as chances de que as pessoas queiram se informar e ajudar na preservação, seja por meio da cidadania ou, mais diretamente, por ações como o voluntariado.
Fonte: Bol
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