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Rússia alerta para plano Ucraniano de ataque nuclear com minibombas radioativas

Acusações de Moscou sobre planos de ataque nuclear ucraniano aumentam tensão global

Da Redação

Sábado - 17/08/2024 às 12:22



Foto: Redes sociais Vladimir Putin obteve 80% dos votos
Vladimir Putin obteve 80% dos votos

As tensões globais atingiram novos patamares nesta sexta-feira, após veículos de mídia russos divulgarem informações sobre um suposto plano das forças armadas ucranianas para atacar usinas nucleares em Kursk, na Rússia, e em territórios controlados por forças pró-Moscou. Segundo relatos, as forças ucranianas estariam considerando o uso de minibombas "sujas", dispositivos explosivos carregados com material radioativo, para realizar os ataques.

De acordo com o correspondente militar russo Marat Khairullin, as ogivas com substâncias radioativas teriam sido transportadas para Zhovti Vody, na região de Dnipropetrovsk, na Ucrânia. Khairullin afirmou que as forças ucranianas estariam preparando uma "provocação nuclear" nos depósitos de combustível nuclear armazenado, possivelmente durante uma ofensiva em Rylsk, na região de Kursk. Ele alertou para o alto risco de ataques nas usinas nucleares de Kursk e Zaporizhzhya.

O governo ucraniano, no entanto, desmentiu categoricamente as acusações. Heorhii Tykhyi, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, repudiou as alegações como "propaganda absurda" e reafirmou que o país "não possui intenções ou capacidade" para executar tais ataques. Ele ainda acusou Moscou de espalhar "mentiras perigosas" e desinformação.

Mesmo assim, as declarações russas continuaram a alimentar as preocupações internacionais. Fontes de segurança russas citadas pela agência Sputnik afirmaram que o plano ucraniano visa os locais de armazenamento de combustível nuclear nas usinas, com a intenção de usar ogivas contendo material radioativo. Relatos sugerem que o ataque estaria sendo coordenado com a ajuda de serviços de inteligência ocidentais, em particular do Reino Unido.

Sergei Lebedev, um coordenador de uma rede pró-Rússia, afirmou que a operação seria executada com armamento da OTAN, o que aumenta as preocupações sobre um possível envolvimento ocidental direto em um ataque nuclear. "Mísseis de longo alcance não chegam aos seus alvos sem a coordenação das agências de inteligência ocidentais", destacou Lebedev.

A situação na região de Kursk se deteriorou após relatos de que mísseis ocidentais, possivelmente do sistema HIMARS, foram usados para atacar alvos civis, incluindo uma ponte sobre o rio Seym, segundo o governador interino da região, Alexei Smirnov. O Kremlin reforçou que qualquer ataque nuclear, seja em território russo ou nas áreas ocupadas por forças pró-Rússia, será considerado um ato de terrorismo e resultará em medidas de retaliação.

No cenário internacional, a ONU optou por não comentar as alegações, redirecionando as questões para a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). "Por favor, entre em contato com a AIEA", respondeu Farhan Haq, porta-voz adjunto do secretário-geral da ONU, ao ser questionado sobre o tema.

Esse aumento das tensões ocorre em um contexto de expansão dos arsenais nucleares globais, liderados pela Rússia. Relatórios indicam que, pela primeira vez desde a Guerra Fria, o estoque de armas nucleares do mundo deve aumentar, elevando o risco de uso dessas armas a níveis não vistos em décadas. Os Estados Unidos também estão ampliando suas capacidades nucleares, observando de perto o conflito em andamento entre Ucrânia e Rússia.

As hostilidades na região de Kursk começaram no início de agosto, quando forças ucranianas atravessaram a fronteira russa e lançaram uma ofensiva, que resultou na morte de mais de 2.800 soldados ucranianos, segundo o Ministério da Defesa russo. Desde então, a segurança nas usinas nucleares de Kursk e Zaporizhzhya foi intensificada, com Moscou advertindo sobre os riscos de uma escalada militar.

A Rússia também critica veementemente o fornecimento de armas ocidentais à Ucrânia, argumentando que essas armas são usadas para atacar civis e aumentar a instabilidade na região. O conflito entre Rússia e Ucrânia, iniciado em 24 de fevereiro de 2022, continua a escalar. O presidente russo Vladimir Putin justificou a intervenção militar como uma ação necessária para "proteger as pessoas sujeitas ao genocídio pelo regime de Kiev". Segundo Putin, o objetivo é libertar a região de Donbass e garantir a segurança da Federação Russa. (Com informações da Sputnik).

Fonte: Brasil247

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