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VIOLÊNCIA SEXUAL

Casos de violência sexual em guerras aumentaram 50% em 2023, diz ONU

Foram registrados mais de 3,6 mil casos de violência sexual durante guerras só no ano passado

Da Redação

Quinta - 25/04/2024 às 08:46



Foto: Reprodução/ Internet Reprodução
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Os casos de violência sexual em conflitos tiveram aumento de 50% no ano de 2023, em relação ao ano anterior, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). 

Os dados apresentados na terça-feira (23), no Conselho de Segurança da ONU, pela representante especial do Secretário-Geral para a Violência Sexual em Conflitos, Pramila Patten, revelam que as armas continuam chegando com facilidade nas mãos dos responsaveis por esses delitos e que 32% das vítimas são crianças. Os dados se referem a Israel e Gaza, Sudão, Ucrânia, Haiti, Mianmar e a República Democrática do Congo. 

Ao apresentar seu relatório anual ela afirmou que “a tarefa essencial e existencial que o mundo enfrenta é silenciar as armas e amplificar as vozes das mulheres como um grupo crítico para a paz”.

O relatório abrange ocorrências, padrões e tendências em 21 zonas de guerra, incluindo Israel e Gaza, Sudão, Ucrânia, Haiti, Mianmar e a República Democrática do Congo, RD Congo. Cerca de 95% dos casos envolvem mulheres e meninas, ainda foram identificados 21 casos que tiveram lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer e intersexuais como vítimas. 

Pela primeira vez, o relatório apresentado ainda contém uma seção dedicada a Israel e aos Territórios Palestinos Ocupados. De acordo com informações verificadas pela ONU, na sequência dos ataques de outubro houve muitas formas de violência sexual, maus-tratos, dentre outros tipos de agressão.

O relatório documenta como a violência sexual restringiu o acesso das mulheres aos meios de subsistência e o acesso das meninas à educação em um contexto global de níveis recorde de deslocamento.

A representante especial também citou o leste da RD Congo, onde o clima de insegurança física e alimentar interligadas levou muitas mulheres e meninas deslocadas à prostituição “por puro desespero econômico”.

Fonte: ONU News

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