O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez um discurso nesta quinta-feira (05), no Fórum Econômico do Oriente, em Vladivostok. Ele destacou que o evento se tornou uma plataforma fundamental para discutir o desenvolvimento da Rússia e da região Ásia-Pacífico.
Putin mencionou que o Fórum Econômico do Oriente agora serve como um espaço reconhecido para estabelecer contatos comerciais sólidos e debater estratégias para o crescimento do Extremo Oriente russo e da Ásia-Pacífico. Ele observou que as principais rotas comerciais e conexões econômicas estão se voltando cada vez mais para o Oriente e o Sul Global, ajudando a Rússia a superar as restrições impostas por algumas elites ocidentais.
O presidente anunciou a criação de um Território de Desenvolvimento Avançado na região de Primorie, com Vladivostok como capital. Esses territórios econômicos oferecem condições fiscais favoráveis e processos administrativos simplificados para atrair investimentos e promover o crescimento econômico.
Putin também revelou que, apenas nos últimos três fóruns, foram assinados mais de mil acordos totalizando 10,5 trilhões de rublos (R$ 663,8 bilhões).
Quanto à situação na região de Kursk, Putin declarou que as Forças Armadas russas precisam remover os inimigos do território russo e mencionou que os residentes das áreas fronteiriças estão sendo afetados por ataques terroristas provenientes da Ucrânia. Ele afirmou que os esforços da Ucrânia para interromper a ofensiva russa em Donbass não tiveram sucesso e que a Rússia continua a avançar.
O presidente russo confirmou que as Forças Armadas russas estabilizaram a situação nas regiões fronteiriças e iniciaram a expulsão de inimigos. Ele também expressou gratidão pelos esforços do Brasil, China e Índia em buscar uma solução para o conflito ucraniano, ressaltando que esses países estão genuinamente interessados em resolver a questão.
Putin mencionou que um acordo com Kiev foi alcançado em Istambul em 2022, mas não foi implementado devido a ordens externas. Ele afirmou que a Rússia está disposta a continuar as negociações, mas com base nos termos acordados anteriormente em Istambul, se a Ucrânia estiver interessada em discutir.
Fonte: Brasil 247