A semana foi agitada na Argentina, com o presidente Javier Milei no centro de uma grande polêmica. Tudo começou quando ele fez uma postagem no X (antigo Twitter) promovendo a criptomoeda $LIBRA. O problema? O valor da moeda disparou logo depois da publicação e, em seguida, despencou, causando prejuízo a muitos investidores. Milei apagou o post rapidamente, mas já era tarde: o estrago estava feito, e a situação ficou conhecida como “criptogate”.
A oposição viu aí uma oportunidade e tentou abrir uma CPI no Senado para investigar a relação do presidente com o mercado de criptomoedas. No entanto, o governo conseguiu barrar a iniciativa por apenas um voto — o placar ficou 47 a 23. Mesmo sem a CPI, o episódio deixou muitas dúvidas no ar.
Para tentar se defender, Milei deu uma entrevista ao canal TN, dizendo que tudo não passava de uma “aposta, como em um cassino”, e que o governo não tinha nada a ver com a história. Só que a entrevista acabou gerando ainda mais polêmica, especialmente quando seu assessor, Santiago Caputo, interrompeu o jornalista para evitar perguntas complicadas.
A confusão ficou ainda maior depois que o jornal Clarín revelou que mais de cem processos foram movidos contra Milei na Argentina. Além disso, investidores prejudicados já estão acionando advogados nos Estados Unidos, aumentando a pressão sobre o governo.
Mesmo com a crise, Milei manteve sua agenda e viajou para os EUA, onde participou da Conferência da Ação Conservadora (CPAC) em Washington. No evento, ele se encontrou com Elon Musk e o presenteou com uma motosserra dourada — um símbolo de seus cortes no Estado. As fotos do encontro rapidamente se espalharam, dividindo opiniões. Enquanto empresários comemoram a proximidade de Milei com grandes nomes do setor, servidores públicos temem mais demissões.
Pesquisas apontam que o “criptogate” afetou a popularidade do presidente entre os argentinos, e o tema segue dominando os debates políticos no país. Resta saber quais serão os próximos capítulos dessa história.
Fonte: Brasil 247
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