O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja visitar Cristina Kirchner na primeira semana de julho, em Buenos Aires, para expressar seu apoio pessoal após a condenação judicial que resultou na prisão domiciliar da ex-presidente Argentina. A informação foi confirmada na quarta-feira (18) pelo deputado federal Paulo Pimenta, do PT, em entrevista à rádio argentina AM 750. A notícia foi originalmente publicada pelo portal argentino Página/12.
Segundo Pimenta, Lula vai à Argentina visitar Cristina, sua amiga, e demonstrar solidariedade. Ele também afirmou que essa viagem faz parte de uma rede de apoio internacional criada por aliados de líderes progressistas latino-americanos, que consideram a condenação de Kirchner como uma perseguição política.
Cristina Kirchner foi sentenciada pela Corte Suprema da Argentina a seis anos de prisão e teve seus direitos políticos cassados de forma permanente.
Pimenta, que chegou à capital argentina representando o PT e o presidente brasileiro, participou de um protesto na Plaza de Mayo, pedindo o fim da proibição política contra Cristina. Ele explicou que o apoio a Kirchner reflete a solidariedade entre projetos políticos aliados de longa data. "Lula foi preso, e muitos companheiros que conheço também se manifestaram em apoio a Lula livre. Temos uma relação histórica de luta. E achamos que Cristina está sendo perseguida", disse ele.
Comparando os casos de Lula e Kirchner, Pimenta destacou a importância da mobilização popular e do apoio internacional, que foram decisivos para a libertação de Lula e sua vitória nas eleições presidenciais de 2022. "A coragem de Lula e Cristina, a mobilização social e a rede de apoio internacional foram fundamentais. Esse é o caminho que devemos seguir", afirmou.
A visita de Lula deve reforçar a ideia de que a sentença contra Cristina tem um caráter político, em um momento em que setores progressistas acusam o uso do Judiciário para afastar adversários da eleição, prática conhecida como lawfare.
Fonte: Brasil247
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