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Índia divulga primeiras imagens feitas no polo sul da Lua

Módulo lunar do país asiático pousou na superfície nesta quarta-feira, por volta das 9h33

Arnaldo Silva

Quarta - 23/08/2023 às 17:28



Foto: ISRO/Reuters Imagem do polo sul da Lua capturada por missão indiana
Imagem do polo sul da Lua capturada por missão indiana

Nesta quarta-feira (23), a Índia fez história ao divulgar as primeiras imagens registradas pela sonda que conseguiu pousar com sucesso no polo sul da Lua, uma região inexplorada que se encontra no lado escuro do satélite.

Esta conquista ocorre após tentativas anteriores de outros países. No domingo (20), a Rússia tentou ser o primeiro país a pousar no lado escuro da Lua com a missão Luna-25, mas a sonda saiu de controle e colidiu com a Lua. Em abril deste ano, o Japão também tentou enviar a sonda ispace, porém perdeu a comunicação minutos antes de completar a missão.

Características dessa parte da Lua

A região onde a sonda indiana pousou é extremamente desafiadora, com grandes crateras, encostas íngremes e ausência de luz solar direta, levando a temperaturas extremamente baixas de até -203°C. Essas condições tornam a operação de equipamentos de exploração na área muito difícil. O pouso bem-sucedido indica que o módulo sobreviveu às condições adversas.

A Índia está em uma missão de exploração lunar chamada Chandrayaan-3, motivada pela detecção de água na superfície lunar durante a primeira missão do projeto em 2008. Além disso, a exploração das regiões polares da Lua, compostas por rochas e solo, pode fornecer informações importantes sobre a formação do Sistema Solar.

Missões anteriores

Um dos objetivos da Índia é realizar essas missões lunares com um orçamento mais acessível. A segunda missão em 2019, que falhou com a explosão do foguete no pouso, custou US$ 140 milhões, enquanto a atual, realizada nesta manhã, teve um custo um pouco superior a US$ 80 milhões. A primeira missão em 2009 custou cerca de US$ 79 milhões.

O ex-presidente da Organização Indiana de Pesquisa Espacial, K. Sivan, explicou que a missão desta manhã foi mais econômica porque o módulo utilizou a atração gravitacional da Lua para alcançar a órbita lunar. Além disso, ao contrário da missão anterior, a Chandrayaan-3 não inclui um novo orbitador, contando com o orbitador da missão Chandrayaan-2 para realizar todas as comunicações entre o módulo de pouso, o rover e a sala de controle.

Fonte: Com informações do G1

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