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Fóssil de espécie mais antiga que os dinossauros é descoberta no Piauí

É o terceiro fóssil de réptil descoberto na região de Nazária, no Piauí e é o primeiro a ser considerado uma espécie nova.

Da Redação

Quarta - 13/01/2021 às 11:16



Foto: Divulgação/UFPI Karutia fortunata,  25cm de comprimento e se alimentava de insetos
Karutia fortunata, 25cm de comprimento e se alimentava de insetos

Uma pesquisa feita na Universidade Federal do Piauí (UFPI), em parceria com seis universidades internacionais, revelou a nova espécie pertence a um grupo de répteis conhecidos como “pararrépteis”.

É o terceiro fóssil de réptil descoberto na região de Nazária, no Piauí e é o primeiro a ser considerado uma espécie nova.

O Paleontólogo Juan Cisneros, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), apresenta a Karutia fortunata, um réptil pequeno e parecido por fora com um calango, que media uns 25cm de comprimento e se alimentava de insetos.

“Karutia em língua timbira significa pele enrugada e com caroços. Escolhemos esse nome porque os ossos do crânio do animal estão cobertos por muitas rugas naturais. Fortunata refere-se a que foi uma descoberta afortunada, pois o esqueleto foi encontrado graças a um pneu furado que fez com que a nossa equipe tivesse que ficar mais tempo no local, o qual resultou na descoberta desse fóssil”, explica Cisneros.

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Parente muito distantes dos lagartos e dos crocodilos, mas pertencentes a um grupo extinto (não deixaram descendentes nos dias de hoje), a Karutia fortunata viveu aproximadamente 280 milhões de anos, no Período Permiano da Era Paleozoica, e é mais antigo que os dinossauros.

Desde 2016, os pesquisadores estudam a coleção de fósseis encontrados no município e que atualmente  estão depositados no Museu de Arqueologia e Paleontologia da UFPI.

As várias partes do corpo do fóssil, dentre eles: ossos do crânio, da mandíbula, vértebras, e de outras partes do esqueleto, foram analisadas e estudadas por uma equipe liderada por Juan Cisneros, diretor do Museu de Arqueologia e Paleontologia da UFPI, em conjunto com uma equipe internacional de paleontólogos das seguintes instituições: Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte (EUA), Museu Field de Chicago (EUA), Museu Iziko (África do Sul), Universidade de Buenos Aires (Argentina), Universidade Humboldt (Alemanha), Museu de História Natural (Reino Unido).

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