O “czar da fronteira” de Donald Trump, Tom Homan, teria sido gravado em 2024 recebendo um pacote com US$ 50 mil em dinheiro de um agente do FBI disfarçado, segundo informou nesse domingo (22) a agência britânica Reuters. De acordo com fontes anônimas, Homan teria prometido contratos governamentais relacionados à imigração em troca de propina caso assumisse um cargo na administração de Trump.
O vídeo, segundo as mesmas fontes, mostraria Homan recebendo o dinheiro dentro de uma sacola da rede de restaurantes Cava. A descoberta ocorreu durante uma investigação conduzida pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos em agosto de 2024, ainda no governo de Joe Biden, e se estendeu até 2025, já com Trump na Presidência. Um júri federal no Texas analisava o caso quando o diretor do FBI, Kash Patel, determinou o encerramento do processo.
“Esse assunto teve origem no governo anterior e foi submetido a uma análise completa por agentes do FBI e promotores do Departamento de Justiça. Eles não encontraram nenhuma evidência confiável de qualquer irregularidade criminal”, declarou o diretor do FBI, acompanhado do procurador-geral adjunto Todd Blanche, em comunicado oficial justificando o encerramento do caso.
A decisão gerou suspeitas sobre uma possível proteção a figuras estratégicas do governo Trump, já que Homan é responsável por supervisionar a política de deportações em massa implementada pela Casa Branca.
Abigail Jackson, vice-secretária de imprensa da Casa Branca, defendeu Homan. “Ele é um policial de carreira e servidor público de longa data, que está fazendo um trabalho fenomenal em nome do presidente Trump e do país”.
Durante o governo de Barack Obama, Homan ocupou cargos de alto escalão no Departamento de Imigração e Alfândega e também foi diretor interino durante o primeiro mandato de Trump. Durante a presidência de Joe Biden, atuou em uma consultoria para empresas interessadas em contratos na área de imigração.
Fonte: Brasil247
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