
Em nota, o Governo do Piauí lamentou a greve deflagrada nesta sexta-feira (19) por profissionais da Saúde em meio a pandemia do novo coronavírus, o que segundo o Estado é o "maior desafio da saúde pública nos últimos 100 anos". Trabalhadores de várias categorias, com exceção dos médicos, tomaram a decisão após Assembleia Geral e iniciarão a paralisação por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira (25).
Entretanto, Geane Sousa, presidente do Sindespi, explica que as categorias seguirão os trâmites legais com notificações e ofícios para que os hospitais façam escalas com apenas 30% dos trabalhadores. “Vamos preparar documentação e comunicação do resultado da assembleia, seguir o prazo de 72 horas, e na quinta-feira a gente inicia o movimento grevista em frente ao Hospital Getúlio Vargas saindo em caminhada para a frente do Palácio de Karnak”, adianta Geane.
A principal reclamação dos trabalhadores é o não pagamento de insalubridade de 40% e baixa qualidade dos Equipamentos de Proteção Individual fornecidos a eles, o que tem facilitado a contaminação dos servidores durante a pandemia de Covid-19. Mais de mil profissionais de saúde já testaram positivo para a doença no Piauí, segundo o Conselho Estadual de Saúde.
A assembleia realizada pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde Pública do Piauí (SINDESPI), juntamente com o Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Piauí (SENATEPI), teve também participação do Sinfito, Sinttearpi, Crefito e Coren-PI, representando fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e radiologistas que apoiam o movimento grevista.
Nota - Governo do Piauí
O Governo do Estado lamenta a decisão do Sindicato dos Enfermeiros de deflagar uma greve em meio ao maior desafio de saúde pública dos últimos 100 anos. Tal decisão pode trazer prejuízos vitais para a sociedade. Ressaltamos que todos os profissionais estão com salários em dia, que o adicional de insalubridade é pago normalmente, conforme determina a legislação estadual, e que não há falta de EPIs em nenhuma unidade de saúde, não havendo, assim, motivos para paralisação.
Ressaltamos ainda que, caso o movimento se concretize, o Governo irá tomar as medidas cabíveis por meio judicial e administrativo para garantir o atendimento pleno da população.
Fonte: Com informações do Sindespi