Usuários do TikTok nos Estados Unidos relataram que a plataforma bloqueou a frase "Palestina Livre" em publicações. Quando tentam publicar o termo "free Palestine", o aplicativo exibe uma mensagem informando que a frase agora é considerada símbolo de discurso de ódio.

A medida gerou revolta nas redes sociais, com diversos internautas americanos criticando o TikTok por censura. Muitos destacaram que o bloqueio reflete um controle da plataforma sobre o debate sobre o conflito em Gaza. "O TikTok está morto. ‘Palestina livre’ agora é considerado símbolo de discurso de ódio", escreveu um usuário. Outro alertou: "Devagar, as pessoas vão entender o que isso realmente significa."

O TikTok já havia se envolvido em polêmicas nos EUA devido ao conflito em Gaza. Deputados do partido Republicano acusaram a plataforma de fazer propaganda “pró-Hamas” e de promover conteúdo antissemita. Além disso, investidores bilionários pró-Israel pressionaram a empresa a restringir publicações sobre o conflito.

Recentemente, a lei de proibição do TikTok nos Estados Unidos foi adiada por Donald Trump por 75 dias, após um decreto executivo. Caso a lei fosse aplicada, a ByteDance, dona da plataforma, seria obrigada a vender suas operações no país.

O contexto do bloqueio ocorre em meio ao conflito em Gaza, onde os ataques indiscriminados de Israel desde outubro de 2023 já resultaram em mais de 46 mil mortos na Faixa de Gaza, conforme dados locais. A situação gerou uma queixa internacional contra Israel na Corte Internacional de Justiça, com apoio de países como o Brasil.

No entanto, apesar de a Corte Internacional de Justiça ter emitido mandados de prisão contra líderes israelenses e do Hamas por crimes de guerra, um cessar-fogo entre os dois lados entrou em vigor em 19 de janeiro.