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PROTESTO

Servidores da Prefeitura de Teresina anunciam greve por reajuste salarial

Servidores municipais e a diretoria do SINDSERM estiveram presentes na abertura do ano legislativo na Câmara Municipal de Teresina

Redação

Terça - 11/02/2020 às 17:05



Foto: Divulgação Convocação de Greve geral
Convocação de Greve geral

No último sábado (8) em reunião do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (SINDSERM), por meio do Conselho de Representantes de Base e Assembleia Geral extraordinária, a categoria determinou o indicativo de greve caso a Prefeitura Municipal de Teresina (PMT) não cumpra com o que diz a legislação. As principais reivindicações são o reajuste salarial anual dos servidores como determina o artigo 37 da Constituição Federal, a inclusão de servidores excluídos do reajuste concedido no final do ano de 2019 e o cumprimento da Lei Federal nº 11.738/2008 referente ao piso nacional do magistério.

Na última semana legislativa de 2019 o prefeito Firmino Filho (PSDB) enviou à Câmara Municipal projetos de leis que excluíram milhares de servidores municipais de Teresina do reajuste salarial, aprovado apenas para alguns setores. "Então desde o início deste ano de 2020 representantes dos setores excluídos protocolaram ofício exigindo inclusão dos segmentos no reajuste. Foi uma tentativa de dialogar com a Administração Municipal e com a Câmara de Vereadores. Em dezembro de 2019 o Secretário de Governo, Fernando Said, se comprometeu a negociar com as categorias excluídas do reajuste logo que a Câmara Municipal retornasse do recesso legislativo", conta Sinésio Soares, presidente do SINDSERM. As negociações não foram anunciadas.

De acordo com levantamento do SINDSERM foram excluídos do reajuste:  assistentes sociais, técnicos de laboratório, atendentes, psicólogos, agentes de portaria, técnicos, tecnólogos e assistentes de radiologia, auxiliares administrativos, auxiliares de serviços gerais, motoristas e centenas de servidores de vários outros cargos. Além das questões salariais, o SINDSERM ainda aponta a pauta de reivindicações que é protocolada a cada ano nos primeiros dias úteis de janeiro e inclui questões sobre Plano de Cargos, concursos públicos, melhores condições de trabalho, melhorias no IPMT Saúde e pautas específicas de todas as áreas do serviço público municipal. Apenas alguns pontos foram atendidos, embora parcialmente, como é o caso da atualização das mudanças de nível para parte dos servidores e o PCCS dos agentes de trânsito.

"O SINDSERM realizou os cálculos de impacto financeiro e afirma que é possível a concessão do reajuste para todos os setores e cargos, uma vez que em 2019 a PMT não cumpriu o artigo 37 da Constituição Federal que prevê revisão geral anual de salários, na mesma data e no mesmo índice. No caso dos servidores municipais de Teresina, o reajuste geral deveria ter ocorrido em maio do ano passado. A PMT já está sendo alvo de ação judicial movida pelo SINDSERM por não haver concedido a revisão geral em 2017", destaca Sinésio.

Em 13 de janeiro o SINDSERM protocolou pauta de reivindicações solicitando calendário de reuniões e negociação. Até o momento não houve resposta sobre as reuniões de negociação, nem sobre o reajuste das categorias excluídas e, apesar de Teresina ter recebido mais de R$ 19 milhões (R$ 19.547.371,68 em números exatos) de complementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) para pagamento do mês de janeiro, a PMT ainda não enviou projeto de reajuste do Piso do Magistério.

Servidores municipais e a diretoria do SINDSERM estiveram presentes na abertura do ano legislativo na Câmara Municipal de Teresina em 4 de fevereiro quando "o prefeito Firmino Filho (PSDB) não apresentou nenhum projeto referente ao reajuste salarial das categorias excluídas do reajuste concedido no final do ano de 2019, não sinalizou a respeito do reajuste linear e nem sobre o piso salarial do magistério que consta em Lei Federal", diz Sinésio. O Sindicato lembra que todas as matérias devem passar por aprovação no legislativo para que entrem em vigor e os valores sejam repassados aos trabalhadores. Caso não sejam apresentados os projetos e garantidos os direitos da categoria, o SINDSERM afirma que o movimento grevista deverá ser iniciado. 

Fonte: Ascom Sindserm Teresina

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