Os professores dos Institutos Federais e instituições de ensino superior de Teresina realizam manifestação na tarde desta terça-feira (04) em frente ao Sesc Cajuína, onde acontece encontro entre o governador Rafael Fonteles e representantes do Ministério da Educação. O protesto tem como pauta as políticas educacionais do ministério, a precarização das condições de trabalho e funcionamento das instituições de educação. Ao Piauí Hoje, o professor do IFPI e coordenador geral da SINDIFPI (Seção Sindical dos Docentes do IFPI), João Farias, informou que a categoria tem sido impedida de participar de discussões relevantes para a educação brasileira.
Além do reajuste salarial, os professores protestam pela reestruturação das carreiras, revogação das normas que “prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro”, reajuste dos auxílios e bolsas aos estudantes e a recomposição do orçamento.
O ministro da Educação tem se ausentado das mesas de discussões. O novo ensino médio o Temer aprovou e o Bolsonaro implementou, mas a reforma dele não está sendo aberta para a gente participar. Como é que terá uma reforma em que os próprios estudantes e professores não participam?, questiona.
A manifestação tem o propósito de chamar atenção para as reivindicações e ocorre em meio a uma reunião entre o governador Rafael Fonteles e representantes do Ministério da Educação para debater a educação do Piauí.
A princípio haveria a presença do ministro da educação, o Camilo Santana. Há boatos de que ele não vai participar, mas o ato está mantido. A greve iniciada em 15 de abril também continua.
Reinvindicações
O movimento grevista tem adesão de profissionais de todo o Brasil. No Piauí, os professores do Instituto Federal deflagraram greve em 15 de abril, seguida pela Universidade Federal do Piauí, que iniciou ontem (03) a greve, sem previsão de encerramento.
As principais reivindicações são reajuste salarial variando entre 22,71% e 34,32% de acordo com a categoria, reestruturação das carreiras, revogação das normas que “prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro”, reajuste dos auxílios e bolsas aos estudantes e a recomposição do orçamento voltado às unidades de ensino.