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PATRIMÔNIO

Ponte Metálica de Teresina não corre riscos de desabamento, mas precisa de reparos

MPF e Iphan discutem responsabilidades pela manutenção da estrutura, que liga Piauí e Maranhão e é vital para o transporte de minério e combustíveis

Por Luiz Brandão e Dhara Leandro

Sábado - 08/02/2025 às 06:15



Foto: Divulgação Ponte Metálica de Teresina
Ponte Metálica de Teresina

A Ponte Metálica João Luiz Ferreira, que liga Teresina (PI) a Timon (MA), necessita de interdição para inspeção e reparos urgentes, segundo laudos do CREA e de avaliação de técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.

Embora não haja risco iminente de desabamento, avarias como rachaduras, corrosão e instalações elétricas precárias exigem manutenção imediata. Enquanto isso, o Ministério Público Federal - MPF,e Iphan buscam definir responsabilidades pela conservação da estrutura, essencial para o transporte ferroviário de minério e combustíveis na região.

A Ponte Metálica João Luiz Ferreira é principal corredor ferroviário entre o Piauí e o Maranhão. De acordo com laudo do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI), a estrutura não corre risco de desabamento, mas apresenta avarias, como  rachaduras, corrosão e instalações elétricas precárias que precisam de manutenção.

Recentemente, um vídeo que mostra rachaduras na base da ponte viralizou nas redes sociais, gerando preocupação na população. Em resposta, o Ministério Público Federal (MPF) e o Iphan reuniram-se na segunda-feira (03.02) para discutir a necessidade de melhorias e a dificuldade em identificar os responsáveis pela manutenção da estrutura.  

Em dezembro de 2024, o prefeito de Teresina, Silvio Mendes, alertou o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) sobre a situação. No entanto, o superintendente do DNIT no Piauí, Ribamar Bastos, afirmou que a responsabilidade pela ponte é da empresa Ferrovia Transnordestina Logística, concessionária da malha ferroviária nordestina desde a privatização da Rede Ferroviária Federal, em 1997.  

A superintendente do Iphan no Piauí, Teresinha de Jesus Ferreira, explicou que um convênio reúne várias entidades, incluindo o DNIT, a Ferrovia Transnordestina Logística e o município de Timon (MA). No entanto, apenas Timon demonstra interesse contínuo em manter a estrutura funcionando. O Iphan realiza fiscalizações anuais desde 2018 e identificou problemas como buracos, corrosão e passarelas laterais em estado crítico.  

Durante a reunião entre o MPF e o IPHAN, o procurador-chefe da Procuradoria da República no Piauí, Marco Aurélio Adão, destacou que, embora não haja risco de colapso iminente, a manutenção é essencial para evitar problemas a médio e longo prazo. O CREA-PI está preparando um laudo técnico detalhado e o MPF instaurou um procedimento de acompanhamento específico para a ponte.  

Entre as medidas acordadas estão a análise de uma ação civil pública para garantir a manutenção da estrutura e a atualização do convênio que define as responsabilidades pela conservação da ponte. O Iphan também se comprometeu a enviar toda a documentação relacionada à ponte ao MPF e a estabelecer uma rotina de comunicação sobre fiscalizações e autuações.

Fonte: MPF/IPHAN

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