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Piauí tem iniciativa pioneira para evitar fome durante a pandemia do novo coronavírus

Pesquisa divulgada esta semana mostra que a situação de insegurança alimentar atinge mais de 59% dos domicílios no Brasil.


Banco de alimentos

Banco de alimentos Foto: Divulgação

No primeiro ano da pandemia, o Banco de Alimentos da maior Central de Abastecimento no Piauí distribuiu 250 mil quilos de frutas, verduras, legumes e cereais para famílias carentes do estado. Desde a criação do Banco em 2018, 550 toneladas de alimentos foram arrecadadas entre os comerciantes que vendem seus produtos na Central, interrompendo um ciclo de fome e desnutrição agravado pela pandemia. A iniciativa torna-se ainda mais relevante com a divulgação da pesquisa que aponta que a situação de insegurança alimentar atinge mais de 59% dos domicílios no país: cerca de 125,6 milhões de brasileiros comeram menos em 2020. Ainda segundo o levantamento da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade de Brasília, a fome chegou a 15% das famílias.

Antes da criação do Banco, em 2018, os produtos que chegam à mesa de famílias carentes de Teresina iam para o lixo. A mudança é parte de um processo de ampliação, modernização de estrutura e conceito de negócios implantado a partir de um contrato de Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo do Estado e a concessionária Brazil Fruit. Antes de serem distribuídos para 25 entidades que atendem crianças e famílias na periferia da capital, os alimentos são selecionados e processados.

"Diariamente, uma equipe do Banco de Alimentos arrecada frutas, verduras e legumes doados pelos feirantes. São produtos que estão com uma aparência ruim, mas estão bons para consumo e com os valores nutricionais preservados. Eles são recolhidos no mercado, selecionados na sede do programa por uma equipe técnica de nutricionistas e repassados para entidades cadastradas no órgão", explica Ana Celia, nutricionista da Nova Ceasa. Só então, são enviados para creches, abrigos, comunidades terapêuticas e programas educacionais.

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O Projeto Avançar é voltado para crianças em situação de extrema pobreza e seus familiares. Atendendo 35 famílias atualmente, a iniciativa arrecada e repassa doações de frutas e verduras para mães e mulheres que são chefes de família. Sem convênios com o poder público, o projeto se sustenta no trabalho voluntário da Dona Maria de Jesus, coordenadora da iniciativa, e com doações oriundas do Banco de Alimentos. "Já passei muita fome na minha vida e conheço a dificuldade que é sentir essa necessidade. Por isso me empenho nesse trabalho e sou muito grata pela ajuda do Banco", enfatiza Dona Jesus.

A Fazenda da Paz é uma comunidade terapêutica que tem como objetivo a prevenção, acolhimento e reinserção de dependentes químicos na sociedade. O seu Edivan tem 40 anos e está em tratamento há mais de 8 meses. "Sou originalmente do Maranhão e temos aqui muitos companheiros do Piauí e de outros estados, que só conseguiram encontrar aqui a oportunidade de se recuperar. Agradeço muito os nossos colaboradores, especialmente a Dra Viviane e o senhor Jorgenei pelo trabalho com o Banco de Alimentos, que tem salvado vidas. Com a pandemia lá fora, dependemos do Banco para manter todas as nossas comunidades e continuar trabalhando", destaca. Atualmente, a entidade atende em média 150 dependentes químicos por mês.

Entidades como a AMAC – Associação Muito Além de um Câncer, que atende mulheres com câncer advindas do interior do Piauí e outros estados, e o Movimento Mais Amor, que ajuda famílias carentes, se mantêm exclusivamente com as doações do Banco de Alimentos. "Visitamos regularmente as organizações para acompanhar o trabalho. Só nessas duas entidades são mais de 700 famílias que garantem sua comida através da iniciativa. Eles fornecem cestas básicas, sopas, quentinhas e distribuem refeições diariamente, tudo a partir de alimentos recebidos através do Banco", aponta Viviane Moura, superintendente do Programa de PPP Piauí.

Fonte: PPP Piauí

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