
A Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar de Minas Gerais, prendeu em São Lourenço o designer Marcelo Fernandes Lima, de 52 anos. Ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 17 anos de prisão por envolvimento nos atos de vandalismo contra os Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
A prisão aconteceu nesta quinta-feira (20) por determinação do próprio STF, dentro da Ação Penal 2330, que tramita sob sigilo. Até a publicação desta matéria, Lima permanecia detido no presídio da cidade onde mora.
No dia 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram prédios públicos em Brasília, Lima foi flagrado segurando uma réplica da Constituição de 1988, retirada do STF. Dias depois, ele entregou o livro em uma delegacia de Varginha (MG), alegando tê-lo recebido de outro invasor que ameaçava destruí-lo.
Em fevereiro deste ano, o STF condenou Lima por crimes como tentativa de golpe de Estado, associação criminosa armada, dano ao patrimônio tombado e deterioração de bens públicos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) argumentou que ele fazia parte de um grupo que pretendia derrubar o governo eleito e praticou um crime de autoria coletiva.
Defesa contesta prisão
O advogado de Lima, David Soares Mendes, nega as acusações e afirma que seu cliente é um “perseguido político”. Segundo ele, a revogação da liberdade provisória e a prisão causaram indignação, pois Lima não estava foragido e usava tornozeleira eletrônica.
Mendes também questionou o sigilo do processo, argumentando que a condenação já foi definida. Ele aguardava uma audiência de custódia para decidir os próximos passos na tentativa de libertar seu cliente.
Fonte: Agência Brasil