Uma pesquisa realizada pelo Instituto Alana revela que 90% dos brasileiros acreditam que as empresas de redes sociais não estão fazendo o suficiente para proteger crianças e adolescentes online. O estudo, conduzido pelo Datafolha entre 12 e 18 de julho com 2.009 pessoas acima de 16 anos, foi divulgado nessa quinta-feira (12).
Os dados mostram que 97% dos entrevistados acham que as redes sociais deveriam implementar medidas mais rigorosas, como exigir a verificação de identidade dos usuários, melhorar o suporte para denúncias, proibir publicidade e vendas para crianças, eliminar a reprodução automática e rolagem infinita de vídeos, ou limitar o tempo de uso.
Maria Mello, co-líder do Eixo Digital e coordenadora do programa Criança e Consumo do Instituto Alana, destacou que os resultados indicam uma percepção generalizada de que a falta de ação das empresas está prejudicando o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes. “A pesquisa demonstra que há uma ampla sensação de que as empresas não estão cumprindo seu dever de proteger o público jovem no ambiente digital”, afirmou.
Além disso, a pesquisa revela que 80% dos brasileiros acham que a legislação nacional é menos eficaz na proteção de crianças e adolescentes em comparação com leis de outros países. Setenta por cento consideram que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) não tem sido eficiente no combate à publicidade infantil.
A pesquisa também revela preocupações sobre o impacto das redes sociais na segurança e desenvolvimento dos jovens. Segundo o estudo, 93% dos brasileiros acreditam que as crianças e adolescentes estão se viciando em redes sociais; 92% acham que é difícil para os jovens se defenderem sozinhos de conteúdos inadequados e violências; 87% acreditam que a publicidade nas redes sociais incentiva o consumo excessivo; e 86% consideram que o conteúdo mais popular entre os jovens não é apropriado para sua faixa etária.
Fonte: Agência Brasil