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DECISÃO

Negado pedido de liberdade a motorista que matou três pessoas em acidente de trânsito

A decisão foi dada pelo juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina nessa quarta-feira (27)

Da Redação

Quinta - 28/08/2025 às 09:08



Foto: SSP-PI Raimundo Nonato, motorista suspeito de provocar acidente que matou três, foi preso no Maranhão
Raimundo Nonato, motorista suspeito de provocar acidente que matou três, foi preso no Maranhão

A Justiça do Piauí negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Raimundo Nonato da Conceição Morais, acusado de provocar um grave acidente de trânsito que resultou na morte de três pessoas e deixou outras gravemente feridas em Teresina. A decisão foi dada pelo juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina nessa quarta-feira (27).

O crime aconteceu no dia 1º de agosto de 2025, quando Raimundo, após ingerir grande quantidade de bebidas alcoólicas, dirigia uma caminhonete em alta velocidade. De acordo com a investigação, ele avançou o sinal vermelho e colidiu contra um veículo que trafegava regularmente, causando a tragédia.

A defesa pediu a liberdade do acusado alegando que ele é primário, possui residência fixa, exerce ocupação lícita como pedreiro e não tem antecedentes criminais. A tese também apontava que o caso deveria ser tratado como homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

No entanto, ao analisar o pedido, o juiz Valdemir Ferreira Santos destacou que há fortes indícios de autoria e materialidade e que a conduta de Raimundo caracteriza dolo eventual — quando o acusado, mesmo sem querer diretamente o resultado, assume o risco de produzi-lo.

Segundo a decisão, o motorista embriagado, ao dirigir em alta velocidade e avançar o sinal vermelho, “assumiu risco elevado” e expôs um grande número de pessoas ao perigo, configurando homicídio qualificado por perigo comum.

Dessa forma, o magistrado entendeu que a manutenção da prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal, uma vez que medidas alternativas não seriam suficientes diante da gravidade do crime.

Com o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público, o processo será agora redistribuído para uma vara criminal de Teresina, onde terá andamento.

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