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Menina de 11 anos que teve aborto negado no Piauí é estuprada pela 2ª vez e está grávida

A criança é moradora da zona rural de Teresina e foi estuprada duas vezes por membros da família

Da Redação

Domingo - 11/09/2022 às 08:50



Foto: Autoria desconhecida Imagem ilustrativa/Estupro de vulnerável
Imagem ilustrativa/Estupro de vulnerável

A criança de 11 anos que deu à luz após ter sido estuprada e ter o direito ao aborto negado, foi vítima de violência sexual novamente e está grávida pela segunda vez. Ela mora na zona rural de Teresina.

O primeiro estupro ocorreu em janeiro de 2021 quando a vítima tinha 10 anos. Em setembro do ano passado ela deu à luz a um menino. A garota foi estuprada por um primo em um matagal.  O estuprador foi assassinado há pouco tempo e não se sabe a motivação do crime.

A mãe da vítima, uma dona de casa de 29 anos, não autorizou o aborto da filha na época. A menina estava com dois meses de gestação e segundo a mãe, o médico afirmou que ela apontara risco de morte no procedimento. 

Desde que o filho nasceu, a menina abandonou a escola e não aceita tratamento psicológico. Ela passou a viver em um abrigo de Teresina há um mês e os educadores suspeitaram que ela estaria grávida novamente.

"Ela estava sem menstruar, arredia e com comportamentos suspeitos. Levamos na maternidade para fazer exame e foi constatado que ela está grávida de três meses. Foi um susto, um choque", disse a conselheira tutelar Renata Bezerra, do núcleo da zona sudeste de Teresina, que acompanha o caso.

Na sexta-feira (9), a menina foi levada ao  Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, da Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina, onde foi constatado a gravidez.

O pai da menina defendeu o aborto legal, mas a mãe não concordou e novamente não autorizou o aborto da filha. A menina estava morando com o pai na casa da avó.  O suspeito do estupro é um tio, que a estuprou enquanto ela dormia.

O primeiro filho da menina está sob os cuidados do avô. Segundo a conselheira tutelar, ele solicitou uma cesta básica para poder alimentar o neto, pois está desempregado e mora com mais cinco pessoas.

O estupro está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O suspeito do crime continua solto, segundo familiares.

A única renda fixa da mãe, que está desempregada, são os R$ 600 do Auxílio Brasil. O gerente de Direitos Humanos da Secretaria de Assistência Social de Teresina, André Santos, informou que está acompanhando o caso e colocou a assessoria jurídica à disposição da família. 

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Fonte: Com informações de Yala Sena/Folhapress

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