Malcolm McDowell considera que a visão distópica do futuro, mostrada em seu filme mais famoso, “Laranja Mecânica”, já é uma realidade.
O ator de 72 anos disse ao New York Daily News que o romance de Anthony Burgess e o filme de Stanley Kubrick mostram “um mundo em que as pessoas idosas estão sempre em casa, diante de seus televisores.”
“E isso foi basicamente o que aconteceu”, disse ele. “Agora temos apenas os jovens aí fora, usando drogas — e ele predisse tudo isso muito antes da explosão das drogas.”
Ele acrescentou que o livro, escrito em 1962, e o filme lançado, em 1971, foram particularmente premonitórios, “tudo isso aconteceu muito antes dessa enorme violência das gangues e das drogas.”
“Ninguém comenta mais nada sobre Anthony Burgess, mas ele é o verdadeiro gênio aqui”, acrescentou ele.
“Graças a Deus, eu não tenho visto nenhuma terapia de aversão, mas é incrível como existem tantas pessoas encarceradas nos Estados Unidos. Nosso raciocínio é tão retrógrado, somos tão medievais.”
McDowell também falou sobre seus encontros com Burgess, nos quais o escritor revelou que a inspiração para escrever seu polêmico livro surgiu depois que ele viu um grupo de “delinquentes moscovitas” ameaçando alguns de seus amigos e pressionando seus rostos contra a janela de um café onde eles estavam bebendo.
O filme foi um sucesso financeiro e de crítica quando de seu lançamento, embora alguns críticos se sentissem perturbados por sua violência. Notavelmente, o crítico Roger Ebert deu-lhe um comentário condenatório, chamando-o de “confusão ideológica”.
Kubrick pediu à Warner Bros para retirar o longa de circulação devido à onda de furor que surgiu em torno do filme, incluindo ameaças à sua família e vários outros eventos violentos (o chamado “efeito de contágio”).
Fonte: agencias
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