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ANIVERSÁRIO

Igreja da Vermelha completa 65 anos e será homenageada na Alepi nesta quarta (22)

A Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, reconhecida como berço da Arte Santeira piauiense, será celebrada em sessão solene

Da Redação

Terça - 21/10/2025 às 16:02



Foto: Governo Federal Altar da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, a Igreja da Vermelha, zona Sul de Teresina
Altar da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, a Igreja da Vermelha, zona Sul de Teresina

Os 65 anos da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, mais conhecida como Igreja da Vermelha, será celebrado em sessão solene pela Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), nesta quarta-feira (22).  O proponente da homenagem, deputado Franzé Silva (PT), ressaltou o papel essencial da paróquia localizada na zona Sul da capital, não apenas sob o aspecto religioso, mas também cultural e social, enfatizando sua forte atuação comunitária e evangelizadora.

"Foi em suas dependências que tiveram início, importantes movimentos de espiritualidade e formação cristã, como o Encontro de Jovens com Cristo, Encontro de Casais com Cristo e iniciativas voltadas à evangelização de crianças. Esses encontros formaram gerações, fortaleceram famílias e ajudaram a consolidar a identidade católica da nossa capital", afirmou Franzé Silva.

Reconhecimento como Patrimônio

A Paróquia Nossa Senhora de Lourdes tem imenso valor histórico, etnográfico e artístico, sendo oficialmente tombada como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em novembro de 2024.

A igreja, construída entre as décadas de 60 e 70, é também reconhecida como o berço da Arte Santeira em Madeira do Piauí, que igualmente obteve o reconhecimento do Iphan como patrimônio cultural brasileiro. O tombamento da edificação e seu entorno garante a proteção de seu valor histórico, cultural e arquitetônico, bem como do importante acervo de arte santeira que ela abriga.

A construção de um novo espaço litúrgico no bairro da Vermelha foi idealizada após o Concílio Vaticano II. A construção pretendia uma tentativa de aproximação entre a Igreja Católica e a população, em especial, as camadas trabalhadoras

A ideia era construir um templo rústico e sem muitos adornos, uma “oficina de almas”. Assim, a construção da sede da paróquia proposta à comunidade, e realizada em mutirão com os moradores do bairro, tinha como objetivo a constituição de um espaço amplo e simples. Em todos os aspectos buscou-se aproximação com a realidade dos fiéis que se juntaram à construção, privilegiando os materiais e soluções construtivas de uso da população. 

Desse modo, a convite do pároco local, mestre Dezinho e mestre Expedito, ambos fazedores de ex-votos, esculpiram em madeira peças de devoção e decoração, a partir de referências do artista plástico Afrânio Castelo Branco, também autor das pinturas de cavalete presentes na igreja.  A construção do templo é, portanto, um evento marcante para a produção santeira a partir dos anos 70, uma vez que os santeiros criaram peças

Fonte: Alepi e Governo Federal

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