A fraude da "bomba baixa" é um dos golpes mais frequentes em postos de combustível. Nesse esquema, os equipamentos de medição são adulterados, fazendo com que o consumidor pague mais pelo combustível do que realmente abasteceu.
Essa tem sido uma prática recorrente no Piauí. Em entrevista a uma emissora de Teresina nesta segunda-feira (07), Maria José, chefe de fiscalização do Instituto de Metrologia do Estado do Piauí (IMEPI), alertou que postos flagrados nessa fraude podem receber multas acima de um milhão de reais. Ela detalhou como o golpe funciona:
"A bomba medidora possui um bloco que controla a quantidade de combustível entregue ao consumidor. Esse bloco tem um disco que envia informações para o pulser, que as repassa ao CPU da bomba, onde o valor a ser pago é calculado. Quando o pulser está adulterado, ele transmite dados incorretos", explicou Maria José.
A especialista em fiscalização ressaltou que o consumidor pode ser enganado porque o visor da bomba não mostra o volume real abastecido. Além disso, a adulteração pode ocorrer por meio de um chip ilegal ou da modificação da placa da bomba.
Sobre denúncias, Júnior Macedo, diretor do IMEPI, destacou que qualquer pessoa pode reportar fraudes. "Lançamos recentemente o aplicativo Fala Consumidor, que permite denunciar irregularidades e acompanhar nossas operações com apenas um clique", completou Macedo.
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