
A direita começou uma campanha para que o próximo Papa seja escolhido entre cardeais mais ultraconservadores. Segundo políticos brasileiros ouvidos pela coluna do jornalista Gustavo Uribe, da CNN Brasil, o objetivo é diminuir o foco em temas como identidade e imigração, que marcaram o papado de Francisco.
De acordo com deputados de direita, essa movimentação teria o apoio do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele, que tem sido contra as políticas de imigração do Papa, teria ajudado a nomear um crítico do pontífice como embaixador na Santa Sé, com a intenção de influenciar a Igreja Católica.
No ano passado, o Papa Francisco fez críticas severas à política de imigração dos EUA, se posicionando contra a exclusão de imigrantes. Atualmente, três cardeais são apontados como os preferidos da direita para suceder Francisco: Robert Sarah (Guiné), Péter Erdő (Hungria) e Raymond Leo Burke (EUA).
O cardeal Robert Sarah, nomeado por Bento XVI, é conhecido por suas ideias conservadoras, especialmente contra o aborto e a eutanásia. Sarah também foi citado em discursos do ex-chanceler brasileiro Ernesto Araújo.
O cardeal Péter Erdő, por sua vez, é crítico da imigração e das políticas da esquerda. Ele é contra a bênção de casais do mesmo sexo e a comunhão para divorciados, sendo um dos conservadores mais mencionados pela imprensa italiana como favorito ao cargo.
Já o cardeal Raymond Leo Burke, também nomeado por Bento XVI, ficou famoso por apoiar Trump. Burke é contra a flexibilização das políticas de imigração e a legalização do aborto, e é considerado uma voz dissonante entre os cardeais americanos, que na maioria apoiam o Papa Francisco.
Além disso, a reportagem aponta que o conclave para escolher o novo Papa deve começar na segunda semana de maio. Desses 135 cardeais que irão votar, 108 foram nomeados durante o papado de Francisco, o que pode influenciar bastante nas decisões do conclave.
Fonte: Brasil 247