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Djalma Filho é absolvido da acusação de ser o mandante do assassinato de Donizetti Adalto

O julgamento durou 12h contando com depoimentos, acusações e defesa

Da Redação

Quarta - 27/04/2022 às 16:50



Foto: Montagem/Piaui hoje Djalma Filho e Donizetti Adalto
Djalma Filho e Donizetti Adalto

O ex-vereador de Teresina, Djalma Filho, foi absolvido da acusação ter sido um dos mandantes da morte do jornalista Donizetti Adalto. O julgamento foi comandando pelo juiz Antônio Nollêto e foi realizada nesta quarta-feira (27). A sessão aconteceu na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Teresina.

O julgamento que já havia sido adiado por três vezes em seis meses e aconteceu quase 24 anos depois do crime. O promotor de Justiça, Régis Marinho, representou o Ministério Público do Estado do Piauí. A sessão durou mais de 12h, contando com depoimentos, acusações e defesa.

O advogado foi absolvido pelo Conselho de Sentença por 4 votos a 1. "O tribunal Popular do Júri se reuniu em sessão plenária para julgar o acusado. Durante o exposto e considerando o que nos autos consta, julgo improcedente a presente ação penal, promovida pelo Ministério Público. O acusado se encontra em liberdade", disse o juiz Antônio Nollêto.

Em seu depoimento Djalma afirmou ser inocente. “O peso dessa acusação na conta de todo mundo é de 23 anos, sabe como é, eu conto excelência? Eu conto em dias, são 8.621 dias e noites que eu respondo por uma acusação injusta e improcedente, todas essas noites e dias eu não posso ter o remorso da culpa que eu não tenho, eu tenho o contrário, o peso da acusação por fatos que eu não fiz”, disse.

Relembre o caso  

O jornalista Donizetti Adalto foi assassinado na noite de 19 em setembro de 1998, na Avenida Marechal Castelo Branco, na zona Norte da Capital. Na época ele era candidato a deputado federal pelo PPS. O vereador Djalma Filho estava no carro com a vítima e, conforme denúncia do Ministério Público, teria sido o mandante do crime.

 Djalma teria conduzido o veículo com Donizete no banco do passageiro, dando ordem para que Sérgio Ricardo do Nascimento Silva, em uma Kombi usada em campanha política, seguisse o carro. Assim também, outro carro deveria acompanhá-los para que Djalma pudesse fugir após o crime.

De acordo com informações do processo,  em determinado momento, a Kombi interceptou o veículo onde estava Donizete e dois homens desceram do veículo. Os homens seriam Sérgio Ricardo do Nascimento e João Evangelista de Meneses, o Pezão. Eles efetuaram dois tiros contra o jornalista, que morreu no local. Um deles teria dado ainda coronhadas em Donizete, para confirmar se estava morto.

Em depoimento, o ex-vereador Djalma filho afirmou que os dois foram abordados por homens em motocicletas, mas isso  foi negado pelas testemunhas e pelos outros envolvidos no caso, alguns dos quais confessaram participação.

O ex-vereador é acusado de homicídio triplamente qualificado e, caso seja condenado, pode pegar uma pena de até 30 anos de prisão.

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