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BEM-ESTAR SOCIAL

Brasil cai duas posições no ranking de Desenvolvimento Humano da ONU em 2022

O índice mede o bem-estar da população considerando indicadores de saúde, escolaridade e renda

Da Redação

Quarta - 13/03/2024 às 15:38



Foto: Freepik Brasil cai duas posições no ranking de Desenvolvimento Humano da ONU em 2022
Brasil cai duas posições no ranking de Desenvolvimento Humano da ONU em 2022

O Brasil caiu da 87ª posição, em 2021, para a 89ª em 2022, no ranking de desenvolvimento humano das Nações Unidas. O índice mede o bem-estar da população considerando indicadores de saúde, escolaridade e renda. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (13).

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro ficou em 0,760, considerado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) um patamar elevado. Houve uma melhora no indicador, que foi de 0,754 no relatório anterior, refletindo os impactos da pandemia de Covid-19. O IDH varia de zero a 1 e, quanto mais próximo de 1, melhor. Em 2019, antes da pandemia, o índice do Brasil era de 0,766.

O Brasil está à frente de países vizinhos como Colômbia e Venezuela. Mas segue atrás da Argentina, Peru, Uruguai, Chile, além de México e Cuba. A média da América Latina e Caribe é de um IDH de 0,763, acima do brasileiro. O IDH do mundo é de 0,739.

O ranking é liderado por Suíça, Noruega e Islândia. Os Estados Unidos são o 20º país em desenvolvimento humano, segundo a ONU. A China tem um IDH de 0,7888 é a 75ª no ranking global. Já a Índia aparece com 0,644 e está na posição 134.

A melhora do Brasil veio graças principalmente a um aumento da expectativa de vida, que subiu de 72,8 para 73,4 anos, em relação a 2021, depois de uma queda causada pela pandemia.

Apesar da melhora, o país ainda não alcançou o patamar em que estava antes da crise de saúde. Em 2019, a expectativa de vida era de 75,3 anos. A renda per capita também aumentou de US$ 14.370 para US$ 14.615 ao ano, de 2022 para 2021.

Retrocesso na educação

Já a educação foi o único indicador em que houve retrocesso: a expectativa de escolaridade (que considera a estimativa de média de anos de estudos que a atual geração de crianças terá quando completar seu ciclo escolar) caiu de 15,59 para 15,58 anos.

"O índice é uma ferramenta para entender melhor uma realidade e dar luz sobre como essa realidade muda com o tempo, mas sobretudo, para orientar ações ", disse Michelle Muschett, diretora regional da ONU para América Latina e Caribe.

O Pnud afirma que o Brasil caiu em posições, assim como diversos outros países, com as crises globais, principalmente pela pandemia. Mas, olhando para os últimos anos, o Brasil cresceu muito rapidamente, o que poderá voltar a ser tendência nos próximos anos, avalia a agência da ONU.

No Brasil, quando o IDH é ajustado à desigualdade, o país perde 24% do seu índice.

Fonte: O Globo

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